ATENÇÃO:
"LOOKING FOR..." - TERCEIRO CAPÍTULO
CRIADO E ESCRITO POR LUIZ GABRIEL LUCENA
DIREITOS RESERVADOS A LUIZ GABRIEL LUCENA
WEB-SÉRIE ESCRITA EM TREZE CAPÍTULOS
DISPONÍVEL POR 45 DIAS
NÃO INDICADA PARA MENORES DE 10 ANOS
Terceiro Capítulo: Mike Watanabe
Mike é um rapaz, branco, cabelos morenos com
mechas loiras, um corpo de dá inveja, desde de pequeno ele tem um jeito
brincalhão, algo que chamava atenção por onde passava, pois ao mesmo tempo que
era brincalhão é sério, sempre quis fazer medicina pois seu avô era médico e
ajudou muitas pessoas nos tempos de conflito pela Ásia, ou melhor, nos tempos
que os conflitos eram mais sangrentos.
É filho mais velho e tem um irmão ainda na
escola primaria. No pátio de medicina, Mike chegava com seu capacete na mão e
andar descolado.
- Olha o homem ai! – Fala Billy seu amigo, o
mesmo estava sentado na mesa com o copo de café gelado na mão. – Eai levou o
mistério para jantar? – Pergunta em tom de malicia.
- Levei.
- Comeu?
- Pervertido! – Bate na cabeça dele. – A gente
conversou e eu o chamei para ir a festa comigo.
- O que ele disse?
- Que vai e vai levar o amigos juntos.
- Deveria ter sido mais especifico. – Afirma
Billy dando um gole. – Será que ele vai mesmo?
- Vai sim, não sei se vai tentar a música toda,
mas que ele vai, vai. A propósito: eu
tinha pedido para você entregar a camisa a ele, ele disse que foi uma mulher.
Explique?
- Bem... eu fiquei agoniado...
- Agoniado para que?
- Eu estava desesperando para ir ao banheiro e
a sala dele é muito longe então pedi para uma moça entregar e disse a ela como
te achar, caso ele queira agradecer.
- Você não sabe nem o nome dela?
- Com a presa que eu estava eu nem liguei se
ela iria deixar ou não, apenas entreguei, falei onde achar você e sai correndo
para o banheiro. – Rir. – Meu conselho: nunca misture arroz com mousse de
maracujá e porco com mel, essa combinação é explosiva.
- Não pedi detalhes, anda, vamos para a aula.
O dia Mike foi tranquilo, ele até tentou ver
Max mas o mesmo estava o evitando, então assim que termina a aula ia para casa.
Vedo que o seu objetivo não iria aparecer o jovem iludido foi embora, sua casa
é uma casa tradicional tailandesa, sua mãe e pai haviam feito questão dela ser
assim, pois respeitavam a tradição fielmente. Ao contrário da família de Max,
Mike não era nem rico e nem pobre mas tinha boas condições de vida, pois seus
pais sempre trabalharam muito.
Ao entrar em casa sempre era recebido pela mãe,
que faz questão de por o jantar toda noite, na cozinha.
- Sawasdee Krub Mãe. – Fala se curvando e
saldando sua mãe.
- Sawasdee Krub filho, como foi seu dia?
- Nada de muito interessante, agente estudou
umas doenças e um funcionamento de alguns sistemas do corpo.
- E isso é nada demais? – Rir. – Achei que não
ia vim janta hoje.
- Porque eu não iria vim? – Pergunta pegando
água na geladeira.
- Desde de que esse seu amigo novo apareceu,
você anda estranho, aparece até que está interessado por ele.
- Mãe! – Fala envergonhado.
- Eu não tenho problema, se for amor vai
fundo...
- Mãe!
- Eu queria conhecer, saber se é de boa
família, ora Mike, sou uma mãe moderna, ele vem aqui quando?
- Quem vem aqui? – Pergunta o pai de Mike que e
da polícia.
- Um amigo de Mike.
- E porque não “uma amiga”, nunca trouxe uma
menina aqui?
- Porque a pessoa certa ainda não apareceu. –
Afirma Mike.
- Sempre querendo viver um conto de fadas. –
Sentasse a mesa. – Anda se sentem ou irá ficar me olhando? Onde está seu irmão
Mike?
- Vai dormir na casa de um colega hoje.
- Uhhh...então quem é o amigo que quer trazer
aqui?
- Não nenhum, eu e a mãe só estávamos
conversando. Por falar nisso iriei a uma festa sexta.
- Com quem? – Perguntou olhando dentro do seu
olho.
- Com uma turma da faculdade.
- Sem drogas e se for fazer sexo use
preservativo.
- Okay.
- Mais uma coisa...tenha cuidado.
No dia seguinte Mike chegou na faculdade
pensativo, a conversa como seu pai o fez refletir, o fez sentir algo ruim, como
se estivesse sendo ou fazendo algo errado, então matou as aulas da tarde para
pensar, foi a uma praça e ficou sozinho por horas até...
- Qual o motivo da tristeza? – Pergunta uma
moça se aproximando.
- Acho que estou fazendo algo errado, tendo
sentimentos errados, nem te conheço e estou falando da minha vida. – Dá um
sorriso de canto de boca.
- Eu perguntei não perguntei? Que sentimentos
são esses?
- Acho que posso está gostado de alguém...
- Então isso é um sentimento bom.
- Alguém do esmo sexo...
- E qual o problema? Até onde eu sei e aprendi,
o amor não tem cor, raça, gênero entre outras coisas.
- Meu pai é meio das antigas, ele quer netos,
quer que eu seja respeito..
- Parou e se você for gay não pode ser isso
porque? Olha seu pai é de uma geração que não tinha isso abertamente, até
tinha, mas era escondido, mas hoje as coisas estão diferentes.
- Mas..
- Mas não garoto, quem manda e escolhe o seu
destino e você, e melhor sentir do que reprimir.
- E se não for recíproco.
- Só vai saber se tentar. – Sorrir. – As coisas
não são tão complicadas é a gente que complica, eu tenho um amigo que está
nesse mesmo dilema, mas sei que ele irá seguir o coração dele.
- Quem é você afinal?
- Apenas uma amiga. – Vai embora.
No apartamento de Yihwa, está ela Max e Fai que
já havia voltado da sua viagem de trabalho, estão os três experimentando roupa
para o show de sexta.
- Essa está bom? – Pergunta Yihwa.- Acho justo.
- Tudo isso para impressionar o Cho? – Pergunta
Max rindo.
- Vai dizer que você não vai com algo para
impressionar o Mike.
- Parem vocês dois, Yihwa está lindo essa
roupa. – Afirma Fai. – Pena que não poderei ir com vocês.
- Porque não? – Pergunta Max.
- Não comprei entrada.
- Nem a gente, a gente vai pagar na hora de
entrar. – Rir. - Yihwa é bom a gente ir mesmo? Se ele alimentar esperanças,
pensar algo?
- Ele irá pensar de todo jeito se a gente não
for, ou melhor, se você não for. Porque está com medo? Sente algo por ele?
- Quer a verdade ou a mentira?
- Ter perguntado isso já responde, se você
sente algo então chegou a hora de ver se pode rolar algo, fugi só iria te fazer
mau.
- Engraçado, eu sempre fugi. – Pega o copo que
tinha um suco nele. – Desde de adolescente, toda vez que alguém dava em ciam de
mim, eu não reparava, até sabia, mas sempre corri.
- Me diga o porquê?
- Porque quando se é rejeitado várias e várias
vezes não se acredita mais no amor. Na verdade, não se acredita mais em nada.
Então eu sempre corro. Dói menos, bem menos quando não dá certo.
- Max...eu não concordo, sempre pode se dá uma
segunda chance a viver e sentir o amor, fugi é o que faz a gente sofrer mais,
já que está aqui, agora, então irei fazer o que estiver ao meu alcance para que
você tenha outra perspectiva da vida, para que se ame e para que aceite ser amado.
A emoção foi tão forte nesse momento que os
três se abraçaram, os olhos de Max vermelhos, pois começou a chorar, como uma
criança que perde um doce, ele choro no ombro de Yihwa e Fai, a cada lagrima
agradece todo o carinho e a disposição das duas. Nesse momento o lado humano
que o mesmo escondeu por tanto tempo apareceu, ele finalmente está no caminho
para ser ele mesmo.
Afinal de contas homem também chora, quando
está sempre na ideia de ser perfeito, que era o que estava na cabeça de Max, o
ser humano dente a esquecer seu lado sensível, seu lado humano, sua vontade de
sentir e acaba usado tudo ao redor para barrar qualquer sentimento.
No dia passou de pressa, e a tão esperada festa
chegou, os ânimos estão a for da pele, pois será a primeira festa de Max em
outro pais, será uma nova turma e isso dá um frio na barriga do nosso herói é
inevitável. No seu quarto, conversava com seus amigos por celular.
- Conexão Tailândia e Brasil, demorou a ligar
em? – Afirma Carlos.
- A faculdade daqui é diferente da nossa,
digamos que é bem mais rígida, mas estou ligando agora mão estou?
- Então que horas é a festa? – Pergunta Isabel.
- Daqui a pouco. – Responde procurando seu
tênis.
- Daqui a pouco não é hora Max, que horas é a
festa?
- Às 20 horas, aqui eles só podem ficar nessas
festas de faculdade até as 23 horas.
- Quem é que vai tocar? – Pergunta Carlos.
- Virou interrogatório? Vocês estão muito
curiosos.
- Lógico, você está no outro lado do mundo, a
gente quer saber se é igual ao que a gente ver na internet.
- É uma banda de um amigo de Mike, esqueci de
perguntar o nome.
- Você vai a um show e não sabe o nome da
banda? Então está indo por mais um motivo. – Fala Isabel com tom de malicia.
- Sempre maldosa...estou indo para me divertir
e socializar com o pessoal daqui.
- Sei, só o pessoa que você está morando? Ok,
quem está se iludindo é você.
- Max você já decidiu o que vai fazer? –
Pergunta Carlos.
- Vou fazer a respeito do que?
- Se irá renovar sua bolsa...
- Eu mal cheguei aqui, vou ver onde as coisas
irão me levar e seguirei meu coração.
- Quanto drama, não sabe é como contar aos seus
pais isso sim. – Fala Isabel rindo. – Acho que você já sabe o que quer, precisa
apenas da confirmação.
- Tá querendo saber demais.
- Vamos Max. – Fala Knock bate na sua porta,
entrando no quarto e o chamando para ir.
- Estou indo, como estou?
- Está bem bonito, se arrumando para alguém?
- Para mim mesmo, eita, parece até que estou
preso em romance. – Olha para o celular.
– Bye gente. – Desliga. – Vamos? Antes que eu desista. – Fala nervoso.
A turma está bem vestida, foram todos até Ae e
Mia, a festa é na faculdade, quem vai tocar é uma banda liderada por um jovem
chamado Sarawat ou Wat como é conhecido pelos amigos íntimos. Ao chegar Mike
espera eles na porta.
- Vamos entrar? – Olha para Max. – Gostei... é
a camisa que eu dei?
- Sim, eu achei que ia dar uma camisa para usar
na faculdade.
- Vamos entrar. – Afirma Cho.
- Sim. – Entrega os ingressos. – Max quer ir
comigo nos bastidores? Quero te apresentar ao meu amigo.
- Ok. – Fala sem jeito.
- Certo... a gente vai está na fileira da
frente, quando voltarem é só ir para lá. – Afirma Korn saindo com os outros.
Nos bastidores Max ficou encantado, era uma
organização muito grande, tinha vários artistas, instrumentos, o que lhe chamou
atenção.
- Wat esse é Max. – Fala Mike apresentado eles.
- Eai, você é igualzinho ao que o Mike
descreveu. – Fala Wat estendendo a mão.
- Descreveu? – Pega na mão do rapaz. – Como ele
me descreveu?
- Não se preocupe foi apenas coisas boas, já
tem costume de ouvir as nossas músicas?
- Sim, eu consigo traduzir e entender a maior
parte já, mas se for possível tocar alguma em inglês ficarei grato.
- Quase todas As músicas tem refrãos em inglês.
– Rir. – Mas iriei ver o que posso fazer por você. Mike o Tine pode ficar com
vocês?
- Sim claro.
- É que eu sempre toco uma música para ele.
- Quem é Tine? – Pergunta Max curioso.
- Meu namorado. – Responde Wat.
- Wat pode mandar ele ficar conosco, a gente
vai está na fila da frente, diga para ele enviar uma mensagem quando chegar.
- Okay, agora vou me preparar, aproveitem o
show. – Sai.
- Namorado? – Pergunta Max olha para Mike.
- Sim, porque?
- Achei que era proibido.
- Você precisa se atualizar, nada é proibido
para o amor. – Rir. – Vamos?
- Vamos.
Tinha várias pessoas, estava realmente cheio o
que fazia perceber que a reputação da banda é muito boa, no palco ao iniciar.
- Oi. – Fala Wat. – Boa noite a todos, sejam
todos bem vindos ao festival, espero que gostem das músicas e que se divirtam.
Hoje quero começar com uma música, para alguém que me pediu para tocar algo em
inglês. Acho que essa música irá ajudá-lo a ver as coisas com outra
perspectiva. – Respira. - 1 2 3 4 5 I LOVE YOU.
- Quanto Mais eu tento fugir eu sou arrastado?
– Fala Max com raiva.
- Você vai aprender nem que seja na força do
ódio. – Fala Ae rindo. – Relaxa e curte a música.
- Max deixa vim à tona o que você não quer
entender. – Afirma Mia. – Até que é boa essa música.
- Canta Max. – Fala Ae. – 1 2 3 4 5 eu te amo,
6 7 8 9 eu te amo. – Canta Ae.
- Todos os dias e noites eu te amo, o querida,
o queridaaaa. – Cantam os três juntos. Ao terminar o verso acabam caindo na
risada.
Na barraca de alimentos, Mike compra junto a
Knock bebida para turma.
- Então...obrigado por ter conseguido ingressos
para todos nos. – Afirma Knock.
- Por nada, vocês são bem animados, gosto de
pessoas alegres e dançantes.
- Que nada, faz meia hora que estou tentando
dançar que preste, até agora só passei vergonha. – Rir. – Você gosta do Max?
- Como? – Pergunta nervoso.
- Perguntei se gosta do Max.
- Ainda não sei o que sinto por ele...
- Mas sente alguma coisa?
- Sim, quando estou com ele sinto meu coração
disparar, quando não estou com ele sinto falta, me sinto como se tivesse só, eu
sei que isso é estranho, a gente se conhece a pouco tempo...
- O tempo não diz muita, o que dita as regras é
o destino, se você é o destino dele, o tempo só vai ajudar. – Pega as bebidas.
– Vamos voltar.
Ao retornar, Tine havia chegado, como é muito
rápido em fazer amigos se enturmou rápido.
- Agora essa música vai para o meu Tine. –
Afirma Wat. – Everything.
- Minha música. – Afirma Tine.
- Verdade? Legal, vocês se amam muito né? –
Pergunta Max.
- Sim, mas nem sempre foi assim. Canta comigo.
– Respira fundo. – Mesmo se você não tiver ninguém importante, você apenas olha
para mim...
Nesse verso, Max olha para Mike e permanece
olhando, a sua volta tudo fica mais lento, ele não conseguiu parar de olhar até
que é retribuído, os dois ficam se olhando até o final da música.
Nesse ponto o destino já tinha feito sua
escolha, mas para que o final possa ser feliz muita coisa ainda iria acontecer,
afinal de contas, “ se está no seu destino, o tempo só ajuda.”
Agradecimentos: Raissa e Vitória por sempre me ajudarem nas minhas loucuras.
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