Informações Introdutórias
Em Bangkok, Pawin e Krit, chefe e funcionário, trocam de corpos após um acidente. Presos nessa situação, enfrentam desafios e aventuras, descobrindo um novo entendimento um do outro. Enquanto tentam reverter a troca, um romance inesperado floresce, ensinando-os que, às vezes, para entender o outro, é preciso viver na pele dele.
Capítulo 1: Brigas e Primeiros Passos
O escritório de Pawin, localizado no coração de
Bangkok, é uma mistura de modernidade e funcionalidade. Grandes janelas de
vidro proporcionam uma vista panorâmica da cidade, enchendo o espaço com luz
natural. As paredes são decoradas com prêmios de inovação e fotografias de
equipe, refletindo o sucesso da empresa. Essa grande empresa é comanda por
Pawin: Impecavelmente vestido em um terno sob medida, Pawin é a personificação
da autoridade. Seus olhos atentos e postura firme deixam claro que ele está no
controle. E lá também trabalha o doce Krit: Vestindo roupas casuais e
desleixadas, Krit contrasta fortemente com Pawin. Seu cabelo despenteado e a
expressão despreocupada sugerem um espírito rebelde e criativo.
Pawin estava sentado em sua mesa, digitando
furiosamente no teclado. A porta do escritório se abriu abruptamente, revelando
Krit, com um semblante visivelmente irritado.
- Krit: (Entrando na sala): Pawin, precisamos
conversar sobre o novo projeto. Essas mudanças que você pediu são simplesmente
impossíveis de serem implementadas no prazo que você quer.
- Pawin: (Sem desviar o olhar do computador):
Krit, já discutimos isso. As mudanças são necessárias e o prazo é inegociável.
Se você não consegue fazer seu trabalho, talvez devêssemos reconsiderar sua
posição aqui.
- Krit: (Cruzando os braços): Você sempre faz
isso. Acha que pode simplesmente mandar e desmandar sem considerar a
viabilidade ou o impacto na equipe. Isso não é liderança, é tirania.
- Pawin: (Finalmente olhando para Krit):
Liderança é tomar decisões difíceis. Se você não consegue lidar com isso,
talvez devesse repensar sua carreira.
Krit deu um passo à frente, sua expressão se
tornando ainda mais dura. - Repensar minha carreira? Talvez você devesse
repensar como trata as pessoas. Sem sua equipe, você não é nada, Pawin. – Fala
sério e com raiva.
- Pawin: (Levantando-se de sua mesa e
caminhando em direção a Krit): Talvez eu devesse, mas até lá, você precisa
cumprir as ordens. Se você não gosta, a porta está ali. - Ele aponta para a
porta com uma expressão séria.
- Krit: (Bufando de raiva): Um dia você vai perceber o quanto está errado.
E espero que não seja tarde demais.
Após a discussão, Krit sai do escritório de
Pawin, bufando de raiva. Ele se dirige à cafeteria da empresa, onde encontra
sua melhor amiga, Rina.
A cafeteria é um espaço acolhedor, com mesas de
madeira e uma máquina de café moderna. O aroma do café fresco e a conversa
suave dos funcionários criam um ambiente relaxante.
- Rina: (Ao ver Krit se aproximar): Ei, o que
aconteceu? Parece que você acabou de sair de uma guerra.
- Krit: (Suspirando): Eu tive outra briga com o
Pawin. Ele simplesmente não entende. Pede o impossível e espera que todos apenas
sigam suas ordens sem questionar.
- Rina: (Oferecendo uma xícara de café a Krit):
E quando é que vocês não brigam? Ele
sempre foi assim, mas você sabe que ele só quer o melhor para a empresa. Talvez
você devesse tentar entender o ponto de vista dele.
- Krit: (Pegando a xícara): É difícil ver o
ponto de vista de alguém que parece um ditador. Mas você tem razão, preciso
encontrar uma maneira de lidar com isso. Mas e quem vai ver o nosso?
- Rina:(dando uma tapinha no ombro de Krit):
Você vai conseguir. E se precisar de ajuda, estou aqui. Sempre.
- Krit:(dando um pequeno sorriso): Obrigado,
Rina. Você sempre sabe como me acalmar.
Naquela noite, após um longo dia de trabalho,
Pawin e Krit se encontram novamente, desta vez no estacionamento da empresa. A
chuva começa a cair, criando uma atmosfera tensa.
O estacionamento é iluminado por luzes fracas,
com poucos carros ainda presentes. A chuva tamborila suavemente no asfalto,
refletindo as luzes e criando um cenário dramático.
- Pawin:(Tentando abrir a porta do seu carro): Krit,
espere. Precisamos resolver isso. Eu sei que você acha que sou rígido, mas tudo
o que faço é pelo bem da empresa.
- Krit: (Virando-se para encarar Pawin): Você
não entende. Não se trata apenas do trabalho. Trata-se de respeito e
reconhecimento. Não somos máquinas.
- Pawin: (Suspirando): Talvez você esteja
certo. Talvez eu precise mudar minha abordagem. Mas precisamos encontrar um
meio-termo.
- Krit:(Aproximando-se de Pawin): Talvez se
você parasse de ser tão cabeça dura e ouvisse mais...
- Pawin:(Interrompendo): Entre no carro, Krit.
Precisamos discutir isso em um lugar mais tranquilo. Vem vou te levar para
jantar, deixe seu carro ai e venha no meu.
- Krit:(Relutante): Eu não vou a lugar nenhum
com você!
- Pawin: (Com firmeza): Entre no carro. Isso
não é um pedido.
- Krit: (Bufando): Tudo bem, mas isso não vai
mudar nada.
Ambos entram no carro de Pawin, a tensão entre
eles palpável. Pawin dirige rapidamente pelas ruas de Bangkok, a chuva tornando
as condições de direção perigosas.
Enquanto dirigiam, a discussão continuava
acalorada.
- Pawin: (Com firmeza): Você não entende o que
é gerenciar uma empresa, se você fosse eu saberia o quanto é complicado.
- Krit: (Bufando): E é? Quem sabe você não
poderia ser eu e visse como é horrível ter um patrão tirano.
Pawin tirou os olhos da estrada por um momento
para olhar Krit, quando de repente, um carro descontrolado apareceu na frente
deles. Pawin tentou desviar, mas o carro derrapou na pista molhada, colidindo
violentamente com um poste.
O som de metal se retorcendo e vidros quebrando
encheu o ar. Krit e Pawin foram lançados para frente, o impacto os jogando
contra os airbags. A última coisa que ambos lembraram foi a dor intensa e o som
da chuva batendo no carro destruído.
Pawin e Krit acordam em um ambiente estranho,
cercados por uma névoa suave e luzes brilhantes. Eles olham ao redor, confusos
e desorientados.
Um espaço onírico, com paisagens etéreas e
cores suaves. O chão parece feito de nuvens e há uma sensação de paz e
serenidade. Em meio à névoa, duas figuras começam a se materializar.
- Phra: (Aparecendo diante deles com um
sorriso): Bem-vindos, viajantes. Vocês estão no mundo dos mortos. Não se
preocupem, não é o fim da linha para vocês. - Phra é um homem de aparência
jovem, com cabelos curtos e esbranquiçados que parecem brilhar. Seus olhos são
de um azul profundo, transmitindo sabedoria e serenidade. Ele veste um robe
branco que flutua ao seu redor, dando-lhe uma aparência etérea.
- Krit:(Assustado): Mundo dos mortos? Isso é
algum tipo de piada? Não, só pode ser!
- Dara:(Rindo): Não, não é uma piada. Vocês
estão aqui para aprender uma lição importante. Vocês dois precisam entender o
valor da empatia e do respeito mútuo. Vocês brigam demais. - Dara é uma mulher
radiante, com longos cabelos dourados e olhos verdes cintilantes. Ela usa um
vestido fluido de um tom pálido de verde que parece feito de luz. Sua presença
é acolhedora e alegre, emanando uma sensação de paz.
- Pawin:(Cruzando os braços): E como exatamente
vamos fazer isso?
- Phra:(Com um brilho nos olhos): É simples! Vamos
trocar os corpos de vocês. Assim, poderão ver o mundo pelos olhos um do outro.
Quando dois virarem um, destrocaram, até lá boa sorte queridos.
Antes que Pawin ou Krit pudessem protestar,
sentiram uma estranha sensação de torção, como se seus corpos estivessem sendo
virados do avesso. Tudo ficou preto por um momento.
Quando abriram os olhos novamente, Pawin e Krit
se encontraram deitados em camas de hospital. Ao olhar para suas próprias mãos,
perceberam a troca.
- Pawin (no corpo de Krit): (Levantando-se
rapidamente): O que... Eu sou... Krit?! Não pode ser, aquele anjo me paga!
- Krit (no corpo de Pawin): (Olhando para suas
mãos) : E eu sou... Pawin. Isso não pode estar acontecendo.
Ambos se reencontram nervosos no quarto de
Krit.
- Pawin (no corpo de Krit):(Tentando se
acalmar): Precisamos lidar com isso. Vamos voltar à empresa e tentar agir
normalmente enquanto descobrimos uma maneira de resolver essa bagunça.
- Krit (no corpo de Pawin): A gente acabou de
sofrer um acidente, acho que agir normalmente não será muito eficaz. Ok - ( Fala Concordando). - Certo. E precisamos ser
cuidadosos. Ninguém pode saber dessa troca."
O quarto de hospital é branco e estéril, com
equipamentos médicos piscando e emitindo sons suaves. As cortinas azuis claras
balançam. Nesse cenário, se dá o inicio de uma jornada cheia de descobertas,
comedia e aventuras.
Comentários
Postar um comentário