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Gabriel Rock em: Amor - Ou é ou Não é! /Capítulo Único

ATENÇÃO:


GABRIEL ROCK EM: AMOR - OU É OU NÃO É – CAPÍTULO ÚNICO
CRIADO E ESCRITO POR LUIZ GABRIEL LUCENA
DIREITOS RESERVADOS A LUIZ GABRIEL LUCENA
WEB-SÉRIE ESCRITA


SINOPSE: Cheio de medos e inseguranças um jovem adolescente do curso de jornalismo ira descobrir que o amor será a sua maior matéria.




Gabriel Rock em: Amor - Ou é ou Não é! 

Capítulo Único

           O amor, já tentei escrever histórias sobre ele várias vezes, mas nunca conseguir, acho que é porque eu nunca tive um, ou pelo menos não foi correspondido, mas se e sinto que quando acontecer será magico, lógico que não será a primeira vista, porque nada é tão fácil, mas saberei quando for a pessoa certa. Essa história se passa no interior do Brasil, melhor, nordeste do Brasil, terra de cabra da peste, trabalhador da roça, da cachaça como é conhecida a bebida típica entre outras coisas.
            Vamos a terra do Padre Cicero, uma cidade no interior do Ceará, charmosa e religiosa, que além de atrair muitos fieis todo ano, guarda consigo grandes e empolgantes histórias, que vão desde de um conto de terror ao doce romance.
            A vida não era fácil, mas se fosse Gabriel Rock não daria valor, ele é sonhador, determinado, quando coloca algo na cabeça vai até o fim, estudioso e faz de tudo um pouco, cursa Jornalismo, na universidade federal da região, tinha poucos amigos e odiava sair de casa, quando vai para algum lugar contava os segundos para voltar, prefere a calmaria do quarto e das o som das músicas, não vive sem. Seu pai é Médico e sua mãe é Arquiteta, uma combinação bem diferente, eles se conheceram no colegial, tinham 15 anos quando deram o primeiro beijo, desde de então estão juntos até hoje. 40 anos depois.
            Na faculdade Gabriel conta com a ajuda de José, seu professor e amigo, bem, na cabeça de Gabriel, Kaio seu amigo e mestre em arrumar confusão mesmo quando não procura e Raquel que é a inteligente, as vezes até chata, ela é muito racional, enquanto Gabriel usava mais o coração e Kaio mais a cabeça de baixo. Lanchar e jantar sempre fazem juntos, não abriam mão, acontece o que acontecesse, eram diferentes, mas a amizade dava, aliás, da para ver de longe.
            Em uma quarta comum, algo aconteceu. Na faculdade ás 17 horas na lanchonete.
            - Então.. – Fala Kaio retirando um papel da bolsa. – Vai ter uma festa sábado, vamos?
            - Quem vai tocar? – Pergunta Raquel vendo o papel.
            - Música eletrônica, estilo boate americana...
            - Eu passo... – Afirma Gabriel bebendo um cole de seu refrigerante. – Ai gente, não gosto de festa.
            - Você não gosta de nada que jovens normais gostam. – Afirma Kaio. – Prefere ficar dentro de um quarto, a última vez que a gente saiu foi no mês passado, sair que eu falo é nós três juntos.
           - E aquela saída não foi o suficiente? – Fala Gabriel ironicamente. – Eu quase quebrei a perna, lembra: Você inventou de andar de moto, e eu de besta fui na garupa, pra que? Tu empinou de um jeito, que eu cai da moto em uma poça de lama e ainda bati o pé em uma pedra, o resto da noite? Foi em um hospital. Acho que não foi sair esse final de semana.
          - Nossa que drama, foi divertido, no hospital a gente conheceu aquele moço bem bonitinho, ele até te passou o número se não me engano. – Afirma Raquel.
         - Verdade, quando liguei, quem atendeu foi a mãe dele, chorando porque ele havia falecido. Não tenho sorte, acho que não nasce para ser feliz, não e todo mundo que consegui.
         - Só fala besteira, todo mundo nasce para ser feliz, se ela vier fácil demais, ninguém daria valor, vai chegar a sua hora.  – Afirma Raquel. – Vamos para a festa será divertido e nem adianta dizer que seu pai não vai deixar , então topa?
         - 3 da manhã quero está em casa, se passar eu vou embora e deixo vocês lá. Sem aprontar para eu ficar com alguém, da última vez era alguém casado e o marido quis fazer sexo a  três, então colabora gente.
        - Combinado, mas a gente vai beber e dançar. – Afirma Raquel.
        - A gente já faz isso sem precisar ir para festa. – Gabriel fala e começa a rir.
        - A aula vai começar, vamos? – Fala Kaio.
        - Vamos, eu só vou comprar um café e encontro vocês lá.  – Afirma Gabriel.
        - Café? – Pergunta Raquel desconfiada.
        - Ué... café. – Respira. – É um milkshane de café com chocolate.
        - Depois não reclama do peso. – Sai com Kaio.
      Gabriel foi comprar o “café”, o que foi bem normal, mas ao sair como não era muito refinado, esbarrou em um rapaz alto, olhos castanhos claros, branco e derrubou o café na blusa dele.
       - Aí moço, perdão, desculpa. – Fala sem jeito esfregando a camisa dele, na tentativa de limpar.
       - Não tem problema. – Respondeu. – Para de esfregar está sujando mais.
       - Aí jesus. Desculpa, se quiser outra camisa, eu acho que tenho uma no meu armário.
       - Eu tenho na bolsa, obrigado. – Fala olhando nos olhos de Gabriel.
       - Então tá! Tchau, desculpa de novo. – Sai correndo.
       Alguns minutos depois na sala de aula.
       - Gente eu derramei o a bebida em m rapaz, estou todo me tremendo.
       - Ele fez alguma coisa com você? – Pergunta Kaio.
       - Não, to tremendo de vergonha, sabe que sou meio nervoso.
       - Você pediu desculpa?
       - Pedi!
       - Então está tudo bem, não foi por querer.
       Meia hora depois, José chega atrasado como sempre, com a mão cheia de provas que ainda não foram corrigidas e na bolsa livros, a maioria de sobre a história do mundo.
        - Turma essa noite temos um aluno novo na classe, veio da federal do Rio de Janeiro, demorei a chegar porque estava o acolhendo. – Ao falar o rapaz entra na sala. – Esse é Ítalo Ferras, será seu colega agora.
        - Puta que pariu, é o menino que eu derramei o negócio. –Afirma Gabriel se encolhendo na cadeira.
        - Gatinho, gostei. – Afirma Raquel. – Você esfregou aquela barriguinha?
        - Você não vale nada sabia?
        - Hoje irei passar um trabalho, quero que produzam um mini jornal, de duas laudas no máximo, usando um dos temas mais abordados da atualidade, esse, pode ser desde da corrupção que o Brasil passa até os conflitos internacionais, deixarei livre para ajudar, valerá sua nota parcial. Mais uma coisa... quero que formem dublas, com pessoas que não se conhecem, essa sala tem muita panelinha.
          - E agora? – Fala Gabriel.
          - Calma, tem a Paola e o Jonas que você pode fazer dubla. – Afirma Kaio.
          - Gabriel? – Fala José.
          - Eu!
          - Como é líder de sala e sabe de mais coisa que eu... – Sorrir ironicamente. – Ficará com o ítalo para fazer esse trabalho, assim mostra a universidade a  ele  e o ajuda a socializar.
          - Certo professor.
          Ítalo vai até Gabriel rindo, pois já havia conhecido ele de toda forma.
          - Acho que vamos fazer o trabalho juntos. – Falou sentando ao lado do rapaz.
          - Pois é – Afirma desconfortável. – Desculpa de novo por ter derramado a bebida em você.
          - Não foi bem um: Seja Bem Vindo, mas está tudo bem, então, quer ir lá para casa fazer o trabalho amanhã, de lá a gente já vem para a faculdade.
          - Pode ser.
          - Ótimo. – Pega o celular e entrega ao rapaz – Anota teu número que vou te enviar o endereço, fica melhor.
          A noite foi rápida, ao pisca dos olhos, estavam todos em casa, ao chegar Gabriel como era de costume escrevia no caderno, uma espécie de diário disfarçado, pois seus pais eram muito curiosos. O que tem explicação, já que o nosso protagonista já havia tentado se matar duas vezes, uma pulando de uma montanha e a outra domando veneno, ambos as tentativas falaram, alguém ou alguma coisa queria que ele vivesse.
         No dia seguinte não tinha aula, era livre, o que os três amigos aproveitavam para ir ao cinema ou ao shopping, acreditavam que não adiantava se matar de estudar e não o fazia para decorar, gostam de aprender mesmo, então sempre que podiam da uma fugida faziam, mas antes Gabriel teria que ir na casa ítalo, algo que o deixa aflito pois apesar de comunicativo tem muita vergonha.
         Ligou para seu moto táxi e foi para a casa do rapaz que é enorme, ficava em um bairro nobre da região e por cima era de andar, o rapaz que já estava nervoso ficou ainda mais, ao entrar foi recepcionado pelo mordomo, algo que acreditava ter só nos Estados Unidos, com alguns minutos ítalo desde as escadas, usando uma roupa simples, um short e uma camisa sem manga pata ser especifico, um camisa que dava para ver seu peitoral definido. Ele o levou para uma sala de estudos.
          - Então qual tema pensou. – Fala Gabriel pegando o caderno da bolsa.
         - Bem... a ente pode falar dos refugiados, o que acha? Está até tendo uma novela sobre esse tema.
         - Ótimo, boa ideia, eu andei pesquisando modelos de jornais, já que ele deixou livre eu encontrei o aplicativo que ajuda muito.
         Uma hora se passou, o mordomo levou algo para eles comerem.
         - Gostou do bolo? – Pergunta ítalo observando Gabriel.
         - É gostoso, mas eu trocaria o recheio, mas está bom. – Responde limpando a boca.
         - Gosta de cozinhar?
         - Gosto, mim sinto relaxado.
         - O que me relaxa é nadar, tem sábado que vou para a piscina e fico horas na água pensado.
        - Deve ficar todo queimado.
        - Vou a noite, minha mãe vive brigando dizendo que vou adoecer, mas nunca acontece, gosta de nadar?
        - Gostava, eu tenho vergonha de tirar a camisa.
        - Vai com ela então.
        - Mesmo assim tenho vergonha, eu não tinha antes, mas depois do bullying as coisas mudam, a gente se torna diferente, e não tenho corpo para nadar em piscina.
        - Descordo, acho que mesmo sendo gordinho tem um ótimo corpo, aliás, nem parece ser gordo.
         - Tá vendo minhas bochechas de bolacha não? Compra um óculo.
         - Eu não vejo problema, o que importa é o que a pessoa tem em seu coração, não o que aparenta ser. – Olha para Gabriel com um sorriso de canto de boca.
         - Acho melhor a gente voltar a fazer  o trabalho. – Para de comer e coloca o prato na mesa.
         Ao encerra a parte daquele dia, o jovem foi para sua casa e pela primeira vez escolheu não sair com seus amigos, achou melhor ficar só, é cismado com tudo, na sua cabeça se alguma coisa der certo para ele, corra, porque vai acontecer muita coisa ruim com outras pessoas. Em seu pensamento a felicidade via ele e dava meia volta, no entanto ela sempre batia a sua porta e sentia-se não merecedor dela. De uma maneira, ítalo mexia com os seus sentimentos, como se fosse um amor a primeira vista, de costume, ele irá fazer tudo para esquecer ou não sentir aquilo que lhe deixava com as pernas bambas, no entanto o destino lhe guardava outra coisa.
         No dia seguinte eles se encontraram de novo a pedido de Gabriel foi na biblioteca da faculdade, um lugar público e cheio de gente, assim era quase impossível acontecer alguma coisa se fosse de fato acontecer. Na Biblioteca ás 14 horas.
          - Olha o que eu trouxe! – Fala ítalo tirando uma bacia da bolsa.
          - O que é isso?
          - Bolo de cenoura com calda de chocolate, gosta?
          - É o meu preferido, minha avó fazia para mim todo final de semana.
      - Nossa é o meu preferido também, a Rosa sempre faz lá em casa.
      - Rosa?
      - A cozinheira, veio conosco.
     - Legal. Tá gostoso o bolo.
     - Ela vai gostar de saber que você gostou... então vai ter uma festa esse sábado estava querendo ir, quer ir comigo?
     - Esse sábado eu já prometi sair com o Kaio e a Raquel, deixa para a próxima.
     - Isso é verdade ou não quer sair comigo?
     - Eu não minto, acho melhor ser verdadeiro e honesto. Mais uma coisa, você é bonitão aposto que arruma um acompanhante melhor para ti, eu sou meio sem graça para festa.
     - Porque você se coloca tanto para baixo?
     - Não é me colocar para baixo é apenas a verdade. – Vai pegar mais uma fatia do bolo e sem querer toca mão de ítalo. – Estou cheio, pode comer, enquanto isso vou no banheiro lavar as mãos.
     A aula do dia passou como no piscar do olhos, o outro dia foi a tão aguardada festa que para a infelicidade de Gabriel era temático, era uma festa a fantasia, o que não o animou muito, mas foi mesmo  assim, pois gostava de compre o que prometia. A chegar lá viu um lugar todo decorado, está vestido com uma roupa azul a tonalidade da roupa da cinderela, o que na sua opinião era um verdadeiro clichê, muito brega, faltava era o príncipe ou a princesa encantada.
     Sua opção sexual é um pouco diferente, preferia a pessoa, o que ela é de verdade do que o que ela tem no meio das pernas, então não liga se é homem ou mulher, no entanto tinha mais atrações por homens, ele não gosta de mentir (eu como autor, também não vou), estava dançando até que começou uma música lenta, nessa altura da festa seus amigos já estavam beijam alguém e ele sozinho até que um rapaz, com uma máscara parecida com a de ferro do filme, o convidou para dançar.
      Não é normal ver dois homens dançando juntos, mas Gabriel não se importa, uma vez que acha que tudo que é de fato normal acaba tornando-se chato e monótono, então mesmo com seus medos e inseguranças fazia de tudo para ser único e não parecer ninguém.
      Foi dançar, até que se diverti-o, foi de um jeito que não viu o tempo passar, também não sabia quem estava por trás da máscara, também não ligava, era apenas aquela noite que iria ver aquela pessoa. Deu seis da manhã e ainda estava na festa, algo raro, quando viu a hora deixou seu par lá, puxou Kaio e Raquel e foram para casa, como todo romance o mocinho tinha que esquecer algo e esqueceu, um colar que tinha desde de pequena com a medalha de São Bento caiu do seu pescoço, par sua sorte o estranho a pegou e guardou.
       Na segunda feira na faculdade, na sala de aula.
        - Perdi meu colar. – Fala Gabriel aflito.
        - Onde? – Pergunta Raquel.
        - Lá na festa eu acho, quando cheguei em casa e coloquei a mão no pescoço não estava lá.
        - Puxa Gabriel, e agora? Você quer que a gente vá lá procurar? O dono é meu amigo, talvez ele tenha guardado. – Fala Kaio.
         - Seria ótimo, mas não posso ir hoje, tem o trabalho para terminar de fazer, a gente tá um pouco atrasado, do nada ele começa a fazer perguntas e tal....
         - Que tipo de perguntas? – Pergunta Raquel curiosa.
         - Tipo: Do que eu gosto? Pergunta se eu estou bem, se até me chamou para ir a uma festa com ele.
         - Amigo, ele tá flertando com você. – Afirma Kaio rindo.
         - Comigo? Tá louco? Ele é bonito demais para ficar como alguém igual a mim.
         - Dá para parar? Você é inteligente, bondoso, tem o dom de entender a pessoa, bonito , entre outras coisas. Você não iria perceber se alguém gostasse de você, tem medo e não se permite. Acorda meu querido, seja feliz, permita-se e viva. – Afirma Raquel colocando a mão no coração dele.
            - Ela tem razão, você é Gabriel Rock porra, o herói, sei que já sofreu muito, por isso mais que todo merece ser feliz, o que está esperando?
            - Espera um pouco, e se vocês estiverem deduzindo errado?
            - Porra Gabriel! Você nunca irá saber se ficar no e se, talvez, será. O não você já, porque não arriscar?
            Era tarde e por conta do dia corrido, Gabriel e ítalo resolveram dá   os últimos toques no trabalho depois da aula, então o jovem foi para a casa do rapaz.
            - Seus pais não estão em casa? – Perguntou Gabriel ao entrar.
            - Não! Eles viajaram, acho que foram para um congresso na Espanha, voltam na próxima semana, por isso o motivo de termos vindo para cá, não ficaria só porque a família da minha mãe é daqui, mas pelo visto, estou sozinho de qualquer jeito.
           Vão para a sala de estudos, uma hora em meia depois...
            - Se a gente fizer colorido, talvez fique melhor, porque chamaria mais atenção Ítalo.
            - É jornal criatura, é preto e branco.
            - Mas tem uns coloridos seu besta.
            - Devo ser... – Olha para ele com um sorriso de canto de boca.
            - Acho melhor eu ir, está tarde.
            - Porque não dormi aqui?
            - Oxente! Porque?
            - Porque está tarde anta, fica estranho para ir para casa e aqui tem quarto de sobra, pode ficar no quarto de hospedes te empresto uma roupa.
            - Pode ser, vou ligar para o meu pai, está tarde mesmo e já está me dando um sono. – Rir e pega o celular. Minutos depois. – Ele deixou, disse que era para eu ter cuidado e que qualquer coisa ligasse.
            - Tá fazendo frio, que tal irmos para a piscina? Tipo tem hidromassagem bem quentinha.
            - Não tomo banho de piscina, eu te disse.
            - Está de noite e tenho uma roupa de banho que seve em você, aliás, só estamos eu e você aqui, amanhã a gente terminar.
            - Você não perde uma chance em garoto?
            - A vida é só uma, acho que temos que aproveita-la ao máximo.
            - Está bem... eu vou, mas não ria e não conte a ninguém, tenho vergonha.
            - Minha boca é um túmulo, vou buscar a roupa.
            Eles foram para a piscina e realmente estava uma noite muito fria a lua brilhava fortemente. O clima estava perfeito para dois amantes.
            - Então Gabriel me conta: Porque escolheu jornalismo?
            - Eu gosto de escrever e quero transmitir conhecimento ao mundo e você?
            - Por causa dos meus pais, na realidade queria ser psicólogo.
            - Então não será um bom profissional.
            - Porque não?
            - Está fazendo uma faculdade por opção da família e não por gosto, deveria fazer a psicologia.
            - Eu já pensei em falar com eles, mas tenho medo.
            - De que? Tem que ser feliz criatura, fazer o que gosta, não se importe com dinheiro, se fizer direito e com amor ele vem até você.
            - Bom conselho, obrigado. Posso te pedir outro conselho?
            - Pode! Somos amigos, pelo menos é o que eu acho.
            - Tem uma pessoa que estou muito afim, ele é estranho, bonito, desastrado, meigo, entre outras coisas, mas ele não gosta se mesmo, tipo: acho que tem medo, como posso chegar nele?
            - Nossa! Parece que está me dando uma indireta, bem eu iria dizer para chegar perto dele, tentar ser amigo, conversar com ele, talvez não perceba que gosta dele, ou melhor, talvez não enxerga que gosta dele.
            Ítalo se aproxima de Gabriel na piscina e coloca o braço atrás dele, em seu ombro.
             - Você acha que seria muita ousadia lhe roubar um beijo?
             - Acho e não acho, tipo: você percebe que ele quer?
             - Não sei, ele não transparece.
             - Ah, que doido. Quem é ele me conta, fiquei curioso.
             Ítalo coloca a outra mão no rosto de Gabriel, olha nos seus olhos, se aproxima, e algo inesperado acontece. Gabriel o beija.
              - Achei que você...
              - Cala a boca e mim beija antes que eu desista. - Rir  
              Foi algo tão aguardado por ambos, mesmo Gabriel negando, que o beijo se transformou magico, foi olho no olho, corpo com corpo, a cada cruzar dos olhos dos dois amantes, seus lábios se tocavam, um segurava o outro, como se tivesse medo de que aquilo acabasse, em seguida saíram da piscina se secaram e de mãos dadas foram para o quarto de ítalo, ele jogou Gabriel na cama e começou a beija-lo novamente, beija do pescoço até a mordida na ponta do ouvido.
             Gabriel o virou, e começou a beija-lo, deslizando pelo seu corpo sarado, chegou no seu short, olhou para ele, o retirou e começou a deslizar sobre o seu pênis em seguida fez o que todos fariam naquele lugar, depois ítalo o virou de costas, segurou firma na mão de Gabriel e começou a penetra-lo, sempre lhe beijando, mudava de posição, e assim foi durante uma hora, a mais prazerosa da vida daqueles dois rapazes.
             Ao amanhecer Gabriel foi surpreendido por uma sexta de café da manhã, levado até a cama preparada por Ítalo.
              - Você que fez?
              - Foi. – Rouba um beijo.
              - Que romântico. – Fala rindo.
              - Agora que aconteceu, queria que não contasse a ninguém, nem para os seus amigos.
              - Porque? – Perguntou Gabriel colocando o café de volta na cesta.
              - Ué quero que ninguém saiba, as pessoas não necessitam saber.
              - Interessante. Aí como vamos fazer?
              - Escondido.
              Gabriel levanta da cama, vesti a roupa, pega a bolsa e sai, sem dizer uma palavra, quando ia abrindo a porta ítalo vai atrás dele correndo.
               - O que foi? – Pergunta preocupado.
               - Foi que eu sou um idiota, você é igual a todos, é igual a ele. Eu não fiz tudo o que fiz para me esconder de novo.
               - Não estou entendendo.
               - E perdeu a chance de entender. Hoje a gente apresenta esse maldito trabalho, ai pronto. Não me procure mais! – Sai.
               Ao sair liga para Kaio que vai busca-lo imediatamente, conta tudo a ele dentro do carro e o rapaz o leva para dar uma volta e se acalmar, pois seu pai não poderia nem sonhar no que tinha acontecido, caso contrário iria querer tirar satisfação com Ítalo.
               Na noite na hora de apresentar o trabalho dava para sentir a tensão entre os dois, Gabriel contava os segundos para aquilo acabar logo e poder ir embora, na saída ítalo tentou falar com ele, mas Raquel e Kaio não deixaram, naquela hora eles há sabiam o que tinha acontecido e porque Gabriel estava magoado.
               A história de amor, tornou-se algo triste para o rapaz que não sabia o que fazer, chorava toda vez que lembrava da noite que beijou ítalo, no mundo previa que aquilo iria acontecer, ele não tinha sorte. No Sábado Raquel acetou se encontrar com ítalo, pois o mesmo estava preocupado com Gabriel.
               - O que você quer? – Pergunta Raquel sentando na mesa.
               - Gabriel está bem? O que aconteceu para ele agir assim?
               - Ele está bem na medida do possível, você o machucou. E pensar que foi eu quem aconselhou a lhe dar uma chance.
               -  Eu não entendo, só disse que fosse escondido, para ninguém saber de nada.
               - Ai é que mora o problema, ele deve que passar por muita coisa, ouvir muita piada para ser quem é hoje, olha: ele quer ser feliz, sendo verdadeiro.
               - Ele disse que eu era como eles e como ele.
               - Eles sãos os seus casos amorosos, sempre começava com: meu amor, meu bem, meu lindo e acaba humilhando ele, sempre postando conversas, ficando com outros na sua frente, etc. Ele é pancada, esse é o apelido do primeiro amor da vida de Gabriel, nunca foi correspondido, foi o maior vilão que ele teve que enfrentar, aliás, o primeiro mais poderoso, ele tinha de tudo para despreza-lo, mas sempre foi nobre, até o ajudou a passar de ano. Segundo o que ele conta e o que sabemos, quase teve um beijo que foi frustrado pela mãe do rapaz, por cima a história é essa.
               - Nossa, que pesado.
               - Não deveria nem está lhe contado.
               - Como eu fui escroto com ele. E agora?
               - E agora o que?
               - Como eu conquisto ele?
               - Você realmente quer ficar com ele ou é só uma paixonite que acabará em breve?
               - Como assim?
               - Você ainda não entendeu? Ele não tem vários, tem apenas um. Quando costa de verdade é de verdade.  Você quer ele de verdade?
               - Quando eu chego parto dele a gravidade parece perde a força, não sei explicar, o coração dispara e depois de um tempo tudo fica calma, o tempo passar devagar, me sinto leve quando estou com ele, algo que não havia sentido antes.
              - Acho que isso, por mais ultrapassado que possa parecer, é amor. Se o ama de verdade prove, se não fizer isso, o perderá para sempre.
              Uma semana se passou, ítalo ficou refletindo, Gabriel triste, mas algo aconteceu naquela sexta.  Que ficaria marcado no calendário para sempre.
              Na faculdade ás 21:20 da noite.
              - Que aula porre, senhor, leva esse professor daqui. – Afirma Gabriel guardando seu material na bolsa.
              - Tem razão, um porre mesmo, nossa o José está muito insuportável. – Fala Kaio olhando o celular.
             - Por favor, Gabriel Rock dirija-se ao pátio, Gabriel Rock, pátio. – Falou na caixa de som que tinha na sala.
            - Ué o que foi que eu fiz?
            Chegando lá, ele viu balões de coração, outros com nome eu te amo, uma luz led que iluminava tudo e uma música de forro chamada: Os Quatro Sorrisos, da cantora Marcia Felipe tocando, do nada chega ítalo vestido causalmente e chamando Gabriel no microfone.
            - Perdeu o juízo? – Pergunta se aproximando.
            - Sabe, alguém que eu conheço esqueceu um cordão de São Bento m uma festa a fantasia. – Retira o colar do bolso. – Eu ia te entregar naquela manhã, mas saiu correndo de mim.
            - Você sabe que foi escroto né?
            - Sei e lhe peço desculpa.
            - Porque disso tudo?
            - Olha... eu estava pensando: O amor é algo engraçado, ou você o tem ou não tem, na maioria das vezes ele vem sem planejar, se for forte dura, se for fraco quebra, mas se for verdadeiro é para sempre, percebi que não consigo ficar longe de você.
            - Ai resolveu atrair a tenção da faculdade inteira para dizer isso?
            - Para lhe mostrar que quero está ao seu lado e não quero que seja escondido, quero que todo mundo saiba que eu te amo.
           Começa a tocar: Heart to tell de The Love Language.
           -  Então Gabriel Rock de Sousa Machado, quer namorar comigo?
           - Alguém me disse uma vez que tenho que arriscar para tentar ser feliz, e eu te amo. Aceito ser seu namorado.
           - Solta! – Começa uma chuva de fogos de artificio coloridos e bem bonitos, aliás, parecia ano novo.  
           - Então tudo isso para mim? – Perguntou entranhando.
           - E muito mais. – O abraça.  – Posso te beijar agora ou vou ter que esperar até amanhã?
           - Vai logo antes que mude de ideia! – Fala rindo.
           A luz dos fogos os dois se beijarão, parecia até o beijo da Cinderela e seu príncipe. As vezes queremos tanto uma resposta, uma solução que deixamos de lado a resposta óbvia ou paramos de tentar quando outras coisas dão errado, meu conselho: Nunca desista e se permita, talvez sua resposta está bem abaixo do seu nariz e não consegui ver. O amor não é complicado ou é ou não é, quando é verdadeiro será para sempre.


Fim!

Escrito por Luiz Gabriel Lucena.  

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 Informações Introdutórias  Capitulo 02 - Gritos na Escuridão   Enquanto a cidade de Chiang Mai se recuperava do choque causado pelo terrível evento da noite anterior, Thawatchai Pholchai, um jovem policial novato, estava prestes a mergulhar de cabeça em seu primeiro grande caso. Thawatchai, ou Thawa para os amigos, era um recém-formado na academia de polícia local. Ele sempre sonhou em seguir os passos de seu pai, que era um respeitado detetive na cidade. Determinado a fazer jus ao legado de sua família, Thawa estava ansioso para provar seu valor como um membro valioso da força policial de Chiang Mai. Naquela manhã, Thawa foi designado para investigar o recente assassinato de Wirat Pongchai, o estudante universitário cujo corpo foi encontrado no beco estreito. Enquanto se dirigia para a cena do crime, Thawa tentava controlar os nervos, ciente da responsabilidade que pesava sobre seus ombros. Ao chegar ao local, Thawa foi recebido pela policial veterana Anong Somboonchai, sua