ATENÇÃO:
"LOOKING FOR..." - SEXTO CAPÍTULO
CRIADO E ESCRITO POR LUIZ GABRIEL LUCENA
DIREITOS RESERVADOS A LUIZ GABRIEL LUCENA
WEB-SÉRIE ESCRITA EM ONZE CAPÍTULOS
DISPONÍVEL POR 45 DIAS
NÃO INDICADA PARA MENORES DE 10 ANOS
Sexto Capítulo: Natal Especial
Apesar de ainda não terem assumido seu
relacionando, existe muita tensão em cima do primeiro encontro de Max e Mike,
por dois motivos, Max tem muito medo e Mike é muito impulsivo, então ambos têm
que achar o meio termo.
No apartamento da turma.
- Ele está demorando. – Afirma Knock, se Max
estava nervoso ele está mais, vai do lado para o outro sem parar. – Será que é
uma boa?
- Parece até que quem vai se encontrar é você?
– Afirma Korn rindo. – Ele não é uma criança...
- Mas temos que ter cuidado com ele, não
esqueça que o mesmo está sob a nossa responsabilidade.
- Que tal... – Se levanta do sofá, vai até ele,
segura na sua mão e olha nos seus olhos. – Que tal a gente aproveitar que Max
não irá está em casa e curtir um pouco? Faz tempo que a gente não brinca de
“flor de lótus e garoto da montanha”.
- Eu aqui preocupado, nervoso porque é um
encontro e você com mente poluída? – Respira fundo. – Depois a gente conversa.
Max sai do quarto, está uma calça preta, tênis
e camisa vermelha, algo simples, mas que lhe dava muito charme.
- Volte cedo, ser for demorar avise, não beba
muito... – Korn começa a falar desenfreadamente ao ver Max saindo do quarto.
- Eu achei que era o Knock que estava
preocupado. – Afirma Max rindo.
- Por essa nem eu esperava. – Afirma Knock
rindo. – Está tudo ok? Qualquer coisa você liga ou manda mensagem que iremos te
buscar.
- Okay, estou bonito?
- Até demais, quer ficar um pouco mais feio
não, vai que Mike tenta se aproveitar? – Afirma Korn.
- Possessivo? Seu marido é o Knock. – Pega seu
celular que está em cima da mesa e vai embora encontrar com Mike que lhe espera
em baixo.
- O que deu em você? – Pergunta Knock.
- Não sei, acho que estou me tornando um pai,
estou ficando velho...
- Lógico, não está morrendo.
- Você entendeu...
Em baixo.
- Veio de carro? – Fala Max olhando para Mike
encostado num Nissan.
- É o que está parecendo. – Rir. – Achei mais
romântico, você está lindo com essa camisa de manga longa azul e essa calça
rasgadinha.
- Gostou?
- Sim. – Chega perto do ouvido dele. – Gostei
principalmente da calça, dá para ver que tem dote.
- Nossa que safadinho. Gostei.
- Não se acostume, foi só para quebrar o
nervosismo, vamos estou com fome.
Eles foram ao restaurante, foi uma noite bem
agradável que terminou em um lugar calmo e tranquilo, terminou na praia a luzes de touças, um clima
bem havaiano, ambos se encontram sentado um barco iluminado.
- Ai que brega, e clichê. – Afirma Max rindo.
- Cadê seu lado romântico?
- Devo ter deixado no Brasil.
- A
gente já está no final do ano, queria saber se tem planos para o ano novo.
- Bem, não tenho, vou ficar com os meninos, não
sei se eles vão sair, vi na internet que o ano novo de vocês é bem bonito.
- Tem seu charme.
- Mike?
- Sim.
- Eu. – Vira o rosto dele e olha nos seus
olhos. – Eu.. não sei se é minha imaginação, ou se isso é real, ou um sonho
bobo, mas sinto que o que vou fazer agora é importante.
- Que vai fazer agora? – Pergunta sem entender.
- Você já se declarou para mim várias vezes,
enfim chegou a minha vez. – Respira fundo. – Eu não sei o que viu em mim, não
sei se sou a pessoa certa para você também, mas quando estou contigo a
gravidade perde a força, parece que o tempo para, meu coração começa a
acelerar, quando não estou contigo sinto sua falta, quando está comigo não
quero que vá embora... você fez o impossível, fez com que eu me apaixonasse por
você, melhor, fez com que eu admitisse, o ponto é, eu gosto mesmo de você. –
Pega o celular. – No momento eu só posso fazer isso, mas já é algo grande. –
Abri o fecebook no celular.
- O que está fazendo?
- A parti de hoje, o mundo sabe que estamos em
um relacionamento. – Mostra no celular, no qual tinha sua mudança de status
para relacionamento com Mike.
- Façamos um acordo, eu sou seu e você é meu,
okay? – Estende o dedo medinho.
- Ok. – Estende o dedo medinho também e juntos
selam o contrato de amor.
A notícia do namoro se espalhou depressa, os
fiéis e verdadeiros amigos de Max comemoram, mas aqueles que que queriam o seu
mal, planejavam lhe tirar o que demorou muito para ter.
Com uma semana se passando, e os dois amantes
ainda mais firmes e decididos, tudo ocorria bem, no refeitório da faculdade.
- Max tem que fazer a triangulação, se não a
peça não fica certa. – Afirma Ae.
- Mas eu já fiz, não sei porque não está
encaixando. Veja. – Mostra suas anotações.
- Aqui! Um refresco e sua comida. – Afirma Mike
chegando com pacotes na mão.
- Obrigado!
- Vejo que isso está sério, Mike está até te
alimentando. – Afirma Ae em tom de deboche.
- Se eu não alimentar ele o mesmo não come. –
Fala Mike rindo.
- Não é verdade, eu como sim, só que eu estou
comendo pouco, agora que tenho um namorado não quero ficar parecendo uma
baleia.
- Eu me apaixonei foi pelo seu coração e não
pelo seu corpo.
- Brega. – Afirma rindo.
- Gente eu volto já, vou encontrar a Mia. –
Fala Ae.
- Tudo bem com ela? – Pergunta Max.
- Tudo é que ela está trazendo umas coisas do
nosso trabalho aí pediu ajuda, eu vou e volto logo. – Sai.
Ae sai a procura de Mia para a ajudar, mas algo
acontece com ele.
- Mia? – Fala Max olhando para sua amiga que
está bem a sua frente.
- Eu? Que foi?
- O Ae foi te ajudar cadê ele?
- Me ajudar? Faz trinta minutos que estou
esperando ele e nada dele aparecer aí vim sozinha mesmo.
- Espera um momento se ele não está contigo,
ele está onde? – Pergunta Mike. – Vou mandar mensagem para ele...
- Melhor ligar logo, estou com frio na barriga.
– Afirma Max. – Quer saber? Você fica ligando ai eu vou ver se vejo-o, fiquem
aqui.
- Quer que eu vá com você não?
- Mike, eu já sou grandinho, sei me cuidar,
melhor ficar aqui com Mia. – Sai.
Max ao sair procurando pelo campus, olhou nas
praças, perto do lago, e quando chegou no estacionamento, viu uma perna entre
dois carros, correu e viu Ae no chão, com marcas de corda no pescoço, ele está
desacordado, ao olhar a mão dele dá pra ver claramente que houve luta, o jovem
ligou logo pedindo ajuda. Mais tarde no hospital:
- Então, doutor? – Pergunta Max aflito.
- Seu amigo foi asfixiado com uma corda, o
corte de oxigênio para o cérebro o fez desmaiar.
- Mas ele vai ficar bem?
- Vai, só pode ter tido uma perca de memória
recente, isso quer dizer, que não irá se lembrar do agressor, raramente eles se
lembram quando acontece isso. Irá passar à noite aqui, mas amanhã poderá ir
para casa.
No apartamento.
- Certo, cuidado. – Fala Yihwa no celular. –
Foi asfixia, alguém tentou matar Ae.
- To começando a achar que Max pode ter razão.
– Afirma Korn.
- Sobre?
- O atropelamento de Mia pode ter sido de fato
intencional.
- Mas quem iria querer fazer isso? É impossível
Max ter inimigos.
- Mas a gente tem.
- Ele está sob nossa proteção, atingi-lo é a
mesma coisa que nos atingir.
- Mas quem?
- Vejamos tem aquele rapaz que era apaixonado
pelo Cho e quase te matou, tem a ex do Knock e tem o meu ex chefe que assediava
a gente.
- Korn, mas ainda não faz sentido eles quererem
machucar os amigos de Max. – Afirma Knock. – Mesmo se eles quisessem já faz
muito tempo para eles resolverem se vingar.
- Ele pode estar certo, eles só conseguiram nos
atingir, atingindo quem estava perto de nós. – Afirma Yihwa.
O passado sempre volta para assombrar, mas será
que era alguns personagens do passado? Ou será um inimigo do presente? Várias
perguntas, mas não se preocupe as respostas serão dadas no decorrer da nossa
história.
Mais tarde, Mike vai deixar Max em casa, pois a
mãe de Ae iria passar à noite com ele.
- Chegamos. – Fala Mike parando a moto.
- Obrigado por ter vindo me deixar. – Afirma
descendo e entregando o capacete.
- Sou seu namorado é isso que os namorados
fazem... – Afirma rindo.
- Esqueci desse detalhe. – Pega na mão dele. –
Merece uma recompensa. – Beija a bochecha dele.
- Poderia ser em outro lugar.
- Ainda não é tempo e já te beijei lá. Vai
chegar a hora. Agora vai para casa, quando chegar lá manda mensagem, fico
preocupado.
Max entrou e chamou o elevador, mas demorou a
chegar, então foi de escada, a cada degrau que subia, um frio na barriga
sentia, pois algo ou alguma coisa o estava observando, subiu mais um degrau até
que surgiu alguém na sua frente e o empurrou.
Max cai e rola alguns degraus até chegar ao
chão e chega desacordado. No apartamento Korn sente algo estranho, um vento que
lhe diziam que alguma coisa tinha acontecido, então saiu para ver se Max já
estava voltando e reparou que o elevador estava quebrando, olhou as escadas e
viu apenas uma perna, a perna do seu amigo, desceu correndo e pegou o rapaz no
colo, o mesmo estava machucado e ainda desacordado, com muita dificuldade Korn
leva Max para casa, o coloca no quarto agora com a ajuda dos demais e chama um
médico amigo deles.
- Não posso garantir que ele bateu ou não a
cabeça, mas não aparenta nada de muito grave, ele está apenas desacordado, como
se tivesse desmaiado e não em coma, vou deixar alguns remédios e orientações,
qualquer coisa o levem imediatamente ao hospital.
Depois que o médico foi embora.
- Temos que avisar aos pais dele. – Afirma
Yhwa.
- Como a gente vai falar come eles? – Pergunta
Knock.
- Pega o celular de Max e liga.
- O problema não é esse, eles não falam
tailandês.
- E pra que serve o inglês? – Afirma Cho. – A
gente fala inglês também esqueceram?
Korn pega o celular de Max e liga para os seus
pais, a conversa será em inglês a segunda língua dos Montenegros.
- Alô Max. – Afirma Gloria ao atender. – Não é
Max... Oi. – Fala em inglês.
- Olá a senhora é mãe de Max? É mais bonita do
que ele nos conta. – Afirma Yhwa.
- Obrigada e você deve ser Yihwa, Max fala
muito de você, aliás de todos vocês. Cadê ele? Aconteceu alguma coisa?
- Bem... Quero que saiba que a gente já tomou
todas as providências, chamamos um médico já... – Fala Korn.
- Médico. Vão direto ao ponto meninos, estou
começando a ficar nervosa.
- Max caiu da escada, agora ele está desmaiado,
na verdade dormindo, a gente achou importante comunicar a senhora.
- Como isso aconteceu? – Pergunta aflita e
preocupada.
- A gente ainda não sabe, mas vamos descobrir.
- - Afirma Cho.
- Me ajudem e protejam meu filho, estou muito
longe para lhe dar assistência e se eu contar a Pedro, Max irá ser obrigado a
voltar...
- Desculpe, Dona Gloria... – Afirma Knock com
lágrimas saindo pelo seus olhos.
- Desculpa pelo o quê? A culpa não foi sua,
aliás de vocês, e notei que são bem responsáveis, me ligaram para dizer o que
tinha acontecido. Cuidem do meu menino, qualquer coisa me liguem, mandem
mensagem, comuniquem...Max é crescido já, mas mesmo com pose de durão a vida
não lhe foi fácil. Tenho que ir agora, quando ele acordar coloquem ele para
falar comigo. – Desliga.
No dia seguinte Max acorda cedo.
- O que está fazendo aqui? – Olha para Mike que
está numa cadeira ao seu lado.
- Oi. Bom dia! Está sentindo alguma coisa?
- Minha boca está seca e estou um pouco tonto,
mas nada muito alarmante. Você dormiu aqui?
- À noite toda, na verdade a gente ficou revezando.
- A gente?
- Eu, Korn, Yhwa, Knock e Cho e o Ae e Mia
ligaram o tempo quase todo.
- Ae está no hospital...
- E mesmo assim está cuidado de você. Você
lembra como caiu?
- Eu não cai, eu fui empurrado.
- Empurrado? – Fala Korn impactado ao entrar no
quarto.
- Sim, eu lembro que eu estava subindo as
escadas porque o elevador demorou, mas sentir que estava sendo observado,
quando virei para ver se tinha alguém atrás de mim senti uma mão me empurrando.
- Deu para ver o rosto?
- Minha cabeça estava virada, mas não lembro de
rosto, acho que estava de máscara.
- Um atropelamento, um estrangulamento e agora
isso. Não são coisas comuns de acontecer, alguém está por trás disso. – Fala
Knock ao pegar o final da conversa.
- Quem iria me fazer mal? Ou quem iria querer
machucar os meninos? Eu agora que estou fazendo amigos.
- Não sei, mas vamos descobrir. Por falar
nisso, ligue para sua mãe.
- Porque Knock?
- A gente ligou para ela, para avisar o que
tinha acontecido.
- Minha mãe? Daqui a pouco a polícia internacional bate aí na porta.
Perguntas eram feitas, mas nem todas tinham ou
poderiam ter respostas, pelo menos não agora. Max liga para sua mãe que chora
ao vê-lo, mas um choro tranquilo, pois o mesmo estava bem.
No dia seguinte na sala, estavam todos vendo um
filme de terror, até que a companhia toca.
- Quem pode ser a essa hora? – Fala Korn indo
abrir a porta.
- Quem é? – Pergunta Max que está sentando no
chão.
- Ou melhor o que é? – Fala voltando trazendo
uma caixa na mão.
- E lá vamos nós, sempre arrastados para algo
bizarro. – Afirma Knock. – E o pior o filme também não colabora.
- A culpa não é do filme, abri logo para ver o
que é! – Afirma Yihwa.
- Eu mesmo não, vai que é algo nojento.
- Ai, minha gente, o que poderia ser? – Fala
Max se levantando, pegando a caixa e abrindo.
- O que é?
- Eu não sei... – Retira o objeto da caixa. – O
que é isso? É um tipo de corda vermelha, grosa, nunca vi um desse não.
- É um Mongkon. – Afirma Cho.
- Quer que eu pergunte ou vai explicar de uma
vez?
- Mongkon é utilizado por atletas de muay thai,
ele é dado ao lutador pelo seu professor, após esse ser considerado merecedor,
simboliza que a pessoa que o tem é um lutador.
- Como sabe tudo isso? – Pergunta Yihwa.
- Eu pratiquei esse esporte a uns 3 anos atrás,
para quem o Mongkon é direcionando?
- Sei lá. – Fala Max procurando na caixa, até
que cai um papel e Knock apanha.
- Aqui diz: “ É para colocar na cabeça do
sobrevivente, aquele que apesar de não saber tem um coração puro”.
- Essa história está tão confusa, mais tão
confusa, que a gente saiu de um romance e foi parar em uma charada. – Afirma
Max. – O que isso tem a ver com a gente? Mas o que está acontecendo?
- Bem... você é um sobrevivente, deve ser para
você.
- Ae e Mia também são...
- Mas esse negócio foi entregue aqui, então é
seu, Max.
- Minha gente, eu não sou puro não, faz tempo
que deixei de ser puro.
- Só aceita. – Afirma Yihwa com raiva. –
Questiona tudo, eu em, só aceita e pronto, vamos voltar ao filme.
Um tempo se passou, uma nova semana começa, os
laços entre esses amigos aumentavam cada vez mais, o jovem e confuso
protagonista agora tinha um amadurecimento visível, não parou de questionar as
coisas, mas conseguiu pela primeira vez em anos ser e fazer coisas que nunca
imaginou fazer na vida, tem agora não só dois amigos, mas vários e sente no seu
coração que os menos são verdadeiros.
É enfim chegado a hora, as coisas estranhas
tinham dado um tempo, afinal de contas é seu primeiro natal longe de sua casa,
como queria retribuir as coisas que os meninos faziam, Max resolveu fazer uma
ceia natalina, com tudo que tem direito, desde do peru ao arroz com passas,
algo um tanto diferente para eles.
Na sala, estavam reunidos, com taças de vinho
na mão, roupas elegantes e uma música de fundo harmoniosa.
- Essa comida está cheirando. – Fala Ae. – Ele
pediu as receitas da família para fazer esse jantar para a gente. – Fofoca.
- Sério? – Pergunta Cho.
- Sim, ele quer retribuir todo o carinho de
vocês e a convivência.
- Não sabe ele que a gente faz porque gosta
dele de verdade, ou melhor, ele sabe, Max é um rapaz de coração gigante,
demorou um tempo para ele se acostumar com a gente, mas se acostumou. – Afirma
Yihwa. – Mudando de assunto... descobriram que o empurrou da escada?
- Não, as câmeras também falharam mesmo na
hora, não tem como ver ou saber quem fez isso, mas a gente ainda vai descobrir.
– Afirma Korn.
- O jantar está servido! – Grita Max. – Então,
temos peru, assado de pernil, creme de abóbora, arroz com passas, farofa
toscana e salada tropical com manga.
- O cheiro está incrível. – Afirma Knock
sentando na mesa.
- Cadê Mike? – Pergunta Max o procurando.
- Ele disse que ia passar no shopping. – Afirma
Mia. – Acho que ele vai te dar um presente.
- Eu também vou dar a ele. – Fala Max em tom de
distração.
- Dar o quê? – Pergunta Ae rindo.
- Um presente, o que seria. – Pensa um pouco. –
Que mente poluída.
- Oi, gente. – Fala Mike chegando. – Demorei
mas cheguei. – Se senta na mesa.
- Então, antes de comer, no Brasil a gente tem
a tradição de fazer uma oração, não sei como aqui funciona...
- Eu faço! – Afirma Yihwa. – Nesse ano, o nosso
natal está sendo diferente, ganhamos um presente internacional, uma pessoa que
tem na sua pele uma cicatriz forte, mas com o bom humor e toques de timidez,
superou e está superando essas marcas. Para os que estão aqui e já são uma
família, desejo que continuemos unidos, nos momentos bons ou ruins, que lutemos
juntos, pois é dessa forma, ou melhor é o único jeito, que o bem pode vencer.
Gratidão.
Mais tarde no quarto de Max.
- Então... fecha os olhos. – Fala Mike indo até
Max com uma sacola na mão. O jovem está sentado na cama.
- O que é Mike? – Rir.
- Feliz Natal. – Entrega a sacola.
- Não precisava me dar presente.
- De agora em diante, deixa eu te mimar um
pouco, cuidar mais de você...
- Porque se esforça tanto?
- Porque estou completamente apaixonado por sua
loucura, sua timidez e seu modo diferente de ser...Você não distribui raiva
igual a algumas pessoas que tem uma história parecida com a sua e sim distribui
amor.
- Falando assim parece até que sou um ser
humano. – Rir.
- E você não é? – Olha nos olhos dele.
- Bem... Eu costumava ser um robô. – Retribui o
olhar. – Mas, agora estou bem humano.
- Sabe o que eu queria fazer agora? – Se
aproxima da boca dele.
- O que? – Quando iam se beijando o celular de
Max toca. – Lembrei que tenho que dar o seu presente. – Fala saindo de perto.
- Vai atender o celular, não?
- Não, ele estragou meu momento. – Pega o
presente de Mike. – Aqui! Eu não compro presente, acho mais emocionante fazer
um presente, aliás, fazer um presente para uma pessoa especial, alguém que eu
gosto.
- Me sinto especial...
- Mike! – Olha para ele. – Não me traia, eu
realmente gosto de você.
Quando iam se beijando novamente a porta abre.
- Inferno! – Fala Mike.
- Gente acho melhor vocês verem isso aqui... –
Afirma Mia.
- O que foi? – Pergunta Max.
- Venha ver!
Max corre para ver, quando chega estão todos
olhando a televisão que noticiava um grande incêndio no campus de medicina o
mesmo que Mike estuda, sem entender e confuso Max olha para o seu celular que
estava tocando novamente e o atende.
- Feliz Natal, esse é meu presente para você,
não está em chamas por ele? Então tenha cuidado as coisas podem pegar fogo. –
Desliga.
- Quem era? – Pergunta Cho olhando a cara de
espanto de Max.
- Nosso velho amigo.
- O que ele queria?
- Me dar meu presente de natal. – Aponta para a
televisão.
Agradecimentos: Raissa e Vitória por sempre me ajudarem nas minhas loucuras.
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