ATENÇÃO:
"LOOKING FOR..." - DÉCIMO CAPÍTULO
CRIADO E ESCRITO POR LUIZ GABRIEL LUCENA
DIREITOS RESERVADOS A LUIZ GABRIEL LUCENA
WEB-SÉRIE ESCRITA EM ONZE CAPÍTULOS
DISPONÍVEL POR 45 DIAS
NÃO INDICADA PARA MENORES DE 10 ANOS
Décimo Capítulo: Fim da Linha
A demora foi de minutos até o quarto de Billy
ser encontrado, Max junto ao pai de Mike foram até lá, o restante ficou em
casa, procurando outras coisas e tentando montar a história dentro de uma
perspectiva lógica.
Ao entrar no quarto, o mesmo era escuro, sujo,
tem livros por todos os lados, mas isso não assustou muito, o que chamou
atenção e até deu frio na barriga e uma sensação de pânico, foi a parede
repleta de fotos de Max com Mike, e algumas fotos pregadas com uma faca bem no
meio da cabeça de Max.
Ao olhar aquilo, o jovem pensava e confirma nos
seus pensamentos que tudo aconteceu por sua causa, seus amigos estiveram em
perigo por sua causa. O jovem também reparou na mesa dele que tem algumas
receitas de remédios os mesmos que o culpavam pela infecção das pessoas na
empresa na qual estagiava, também encontrou uma planta do curso de medicina e
alguns objetos incendiários, colocando Billy como culpado também por atear fogo
na faculdade.
De volta ao apartamento Max foi direto para seu
quarto, foi iludido, de cabeça baixa, sabia que só ele poderia salvar o seu
amado, mas não conseguia entender o porquê de tudo isso ter acontecido.
- Se Billy estava ajudando Ton, porque ele foi
espancado? – Pergunta Korn.
- Talvez o intuído era matá-lo. Afirma Knock.
- Não se encaixa, matar o aliado?
- Ele ama Mike, deve ter percebido que as
coisas estavam indo longe demais e quis parar, sua resposta foi o espancamento.
– Afirma Yihwa. – Esse Ton é mais perigoso do que a gente imagina.
- Max deve estar se culpado agora, pensando
várias besteiras. – Afirma Ae.
- Na verdade. – Fala Max saindo do quarto. – Eu
sei onde Mike está, Ton sempre se gabou de ser rico, e ele me disse quando a
gente estava jantando, antes das falas idiotas, que os pais dele tinha um
galpão perto do porto, que r apenas para guardar coisas sem uso, mas que ele
gostava de ir para limpar a mente.
- O porto é enorme! – Afirma Cho. – Como vai
saber qual é o certo?
- Só encontrar o galpão com o nome da família
de Ton. Achando isso a gente acha ele.
Alguns minutos depois.
- Aqui! Galpão 57. – Fala Ae.
- Ok... Estou indo. – Fala pegando suas coisas.
- Pra onde pensa que vai? – Pergunta Korn.
- Vou salvar Mike.
- Nem pense em ir sozinho, está louco? Esse
rapaz é perigoso.
- Mas sou eu que tenho que ir, sou eu quem ele
quer, não vou colocá-los em perigo.
- Max você não está raciocinando direito, pensa
um pouco, olha o que o Ton já fez. – Afirma Yihwa. – Não seja o herói!
- Tudo isso é culpa minha, então cabe a mim
resolver. Fiquem aqui! Qualquer coisa eu ligo para pedir ajuda.
No galpão.
- Acho que seu amor não vem lhe salvar, não é
de se admirar, ele não gosta de perdedores. – Afirma Ton olhando para Mike
amarrado na cadeira.
- Porque você fez tudo isso? Não podia ter
conquistado ele como uma pessoa normal não?
- Eu até tentei, mas todas as tentativas foram
nulas, ele vive com você, se apaixonou por você, não entendi o porquê... Nem
rico você é. Enfim, ele vai ser meu de toda forma.
- Ton, você está louco, existe tantos caras por
ai. – Afirma Lock.
- Eu não quero tantos caras, eu quero um cara,
eu quero Max, mas todos resolveram ficar a minha volta, resolveram afastá-lo de
mim. Eu tinha que fazer alguma coisa. Mas precisava de olheiro.
- Por isso escolheu Billy. – Fala Max
aparecendo de surpresa. – Mike? Lock?
- Oi, querido! – Fala Ton. – Billy ama Mike,
convencê-lo a me ajudar foi bem fácil, quando ele criou coragem de se declarar
você apareceu.
- Porque espancou ele?
- Ele não ficou feliz de eu ter dopado o
amorzinho dele e me deitado com o mesmo, então pediu para desistir. Eu sabia que ele iria me entregar, então
tomei providências.
- O atropelamento, o estrangulamento, me
empurrar da escada foi obra sua, né?
- Te empurrar da escada foi um acidente, eu
estava esperando Mike, mas não controlei meus impulsos, quando vi, era você que
estava caído. Pense comigo: eu disse que seria meu, o que tinha que fazer era
eliminar todos que te faziam se afastar de mim.
- Atropelou Mia, estrangulou Ae, me empurrou da
escada, fez Billy tocar fogo no próprio curso e ainda o fez envenenar todos da
minha empresa, só para ficar comigo? Se contar que espancou Billy quase até a
morte.
- Olha as idiotices que fazemos por amor.
- Só tem um problema, Ton. Eu não te amo, tudo
que você fez só me fez perceber que quem eu amo de verdade é o Mike, tudo que
você fez, me fez ver o que eu tanto procurava e te garanto uma coisa, vai se
arrepender de ter feito eu saber quem eu sou.
Max vai em cima de Ton e os dois começam a
brigar, enquanto isso, o restante da turma que entra por outro lado e desamarra
Mike e Lock, desamarrado Mike vai tirar Max de cima de Ton que está bem
machucado.
- Chega! Vamos, Max.
- Você fez tudo isso, mas eu quebrei sua cara.
Quando iam saindo, Ton se levanta, puxa uma
arma e da um tiro para cima, fazendo com que todos se virassem e ficassem com
medo do que ele poderia fazer.
- Acha que isso vai acabar assim? – Fala zonzo
por conta da surra que acabou de levar. – Acha que isso vai terminar assim? Se
eu não posso tê-lo, Mike não terá. – Atira duas vezes.
O sentido do heroísmo é se sacrificar, aliás,
esse é um dos sentidos, então por mais que tenha dito para ele não ser o herói,
ele teve que ser o herói, nesse ponto o mesmo não tinha mais nada a perder,
então Max se joga na frente de Mike e leva o tiro em seu lugar.
Sem pensar duas vezes, Mike pega a arma de seu
pai que havia ido com a turma e atira em Ton várias e várias vezes, que cai no
chão sem vida. Max é levado as pressas
para o hospital, no entanto seu corpo não dava muitos sinais de que ficaria
vivo.
No apartamento.
- Alguma notícia do hospital? – Pergunta Cho.
- Até agora nada, Max está em cirurgia. –
Afirma Korn.
- Gente, eu sei que não é a melhor hora, mas
temos que juntar tudo para Billy ser preso. – Afirma Mia.
- Pelo menos ele vai pagar pelo que fez. –
Afirma Knock.
- Ton também, mas irá pagar de outro jeito. –
Afirma Ae. Então, Ton queria Max, mas
quando não o conquistou por bem, se revoltou, porque não aceitava não como
resposta.
- Nisso a forma que ele encontrou de chamar
atenção foi atacando as pessoas próximas a ele. Primeiro foi Mia sendo
atropelada, segundo foi Ae estrangulado, depois era para atacar o Mike, mas por
engano empurrou Max da escada, nesse ponto ele deve ter achado que precisava de
ajuda. – Fala Yihwa.
- Então, fez Billy que estava com ciúmes a lhe
ajudar, assim aumentado o nível, colocar fogo no próprio curso não foi um aviso
para Max e sim para Mike, como se disse que enquanto estivesse com ele coisa
ruins iriam acontecer, como é estudante de medicina ele sabia perfeitamente bem
como envenenar alguém, e fez isso na empresa, o foco era eu, Cho e Korn, mas
Max sacou depressa e impediu que a gente comesse a comida.
- Com os dois ficando cada vez mais juntos, ele
teve que apelar, então aproveitou que ambos estavam brigados, as fotos eram com
intensão de fazer Max acreditar que Mike nunca gostou dele. Billy não gostou da
abordagem e foi espancado. – Completa Mia.
- Ele quis separá-los, mas o que fez foi
aproximá-los cada vez mais. – Afirma Cho. – Ele calculou bem cada movimento.
- Juntando esse resumo e as provas encontradas,
Billy ficará preso por um longo tempo. – Afirma Joc que estava com eles.
- O senhor vai permitir que Max fique com Mike?
– Pergunta Cho.
- Acho que todos nós aprendemos algo com tudo
isso, se os dois quiserem ficar juntos, que fiquem... Eu não posso e nem vou
lutar contra o amor.
No hospital, Max acorda, mas não no seu quarto
e sim em um lugar iluminado, cheio de plantas, flores, para ser mais específico, um lugar onde ele
foi andando para ver se encontrava alguém e no final de uma longa estrada, tinha
uma pessoa, uma mulher misteriosa, que sempre tinha dicas e conselhos
formidáveis.
- Kitty?
- Oi.
- Você também morreu?
- Quem disse que está morto, pelo menos não
ainda.
- O que está fazendo aqui? É um sonho e que roupa
dourada é essa?
- Max, você está no caminho, o mesmo caminho que
escolheu quando resolveu vir para a Tailândia, está no caminho do destino e
eu.. – Rir. – Sou a pessoa que vai guiá-lo.
- Então você é uma espécie de anjo? Por isso
aparecia e sumia como o vento.
- Lógico, se eu te desse todas as repostas não
aprenderia.
- E agora?
- Bem, você veio a procura do seu verdadeiro
eu, a procura da aceitação, venho aqui para ser algo que todos dizem para não
ser. Passar pelo o que passou só confirmou que existe amor, amizades verdadeiras,
que a vida só se dar valor se vivê-la e que sempre irá existir o mal, mas a
gente que escolhe se ele irá vencer ou não.
- Mas, tudo foi minha culpa...
- Pessoas vão fazer coisas ruins por motivos
que só elas entendem, e vão justificar suas ações usando pessoas boas, mas não
quer dizer que a culpa é delas, a culpa e de quem fez, de quem praticou,
planejou e de quem fez o mal.
- Mas, Kitty?
- Escute: tem duas escolhas, viver e continuar
sua vida, mas agora sabendo quem é, ou morrer e viver na plenitude. Qual sua
escolha?
- Se ficar aqui não vou ver mais ninguém?
- Não.
- Eu sempre procurei me entender, sempre quis
saber quem eu era, apesar de ter muito medo, e eu gosto tanto dessa nova vida,
mas não sei se é uma boa ficar aqui, eu os fiz passar muita coisa.
- Quer uma resposta para a sua pergunta final?
- Que pergunta?
- Então escolha viver e terá a resposta
definitiva, mas lembre-se o herói nem sempre precisa ser herói, bastar querer
viver e procurar sempre as coisas boas. Se quer sua resposta viva.
- Kitty...
- Não precisa falar mais nada...não se
preocupe, sempre estarei contigo.
No quarto ao toque do último som do parelho que
media a vida, Max acorda do seu sono profundo.
Agradecimentos: Raissa e Vitória por sempre me ajudarem nas minhas loucuras.
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