ATENÇÃO:
O ELEFANTE DE JADE - SEGUNDO CAPÍTULO
CRIADO E ESCRITO POR LUIZ GABRIEL LUCENA
DIREITOS RESERVADOS A LUIZ GABRIEL LUCENA
WEB-SÉRIE ESCRITA EM DEZ CAPÍTULOS
DISPONÍVEL POR 45 DIAS
NÃO INDICADA PARA MENORES DE 10 ANOS
Segundo Capítulo: Juntos pelo Ódio
No acampamento logo pela manhã Pen começa a sentir falta do irmão de Thin, então resolve ir ao seu quarto temendo que ambos houvessem se matado, pois são inimigos jurados. Ao chegarreparou que a porta estava aberta, então entrou, mas não viu ninguém, só reparou na cama bagunçada e nos celulares carregando, voltou novamente para onde tinham tomando café da manhã para ver se os encontrava, mas não viu ninguém, então foi falar com o Wut e a Kanya para saber se eles tinham alguma notícia do paradeiro dos dois.
- Oi, Wut. Você viu meu irmão? – Pergunta se aproximando.
- Ia perguntar a mesma coisa. Você viu o Thinpor aí?
- Achei que ele estava com vocês.
- Com a gente? – Fala Kanya dando uma risada. – Eu já procurei em todos os lugares, mas não o encontrei, isso é estranho, ele não iria sair assim com Chan, nem dele o mesmo gosta.
- É melhor avisarmos ao professor. – Afirma Bup. – Vai que aconteceu alguma coisa.
Em algum lugar no fim de um desfiladeiro.
- Ai, minha cabeça. – Fala Thin se levantando e vendo Chan no chão com a cabeça ferida. – Chan! – Corre até ele e checa para ver se o mesmo estava vivo.
- Onde eu estou? E porque está aqui?
- Não sei, só lembro de eu saindo do quarto.
- Eu também só lembro isso. – Se levanta. – Como a gente vai voltar para o acampamento?
- Não sei, eu nem sabia que aqui tinha esse desfiladeiro, pelo visto a gente deve ter rolado muito.
- Estou todo sujo e com fome.
- Aqui deve ter algumas frutas, acho que se procurarmos, talvez teremos um café da manhã.
Os dois começam a andar e andar, até encontrarem um pé de amora e um outro pé de framboesa.
- O que fazem aqui? – Afirma um velho saindo dos arbustos.
- A gente veio a procura de comida, caímos de um desfiladeiro e não sabemos como retornar ao acampamento. – Afirma Chan.
- Não foram avisados por Prai que não poderiamsair à meia noite?
- Fomos, mas tudo que me lembro é de ouvir umas vozes e sair do quarto. – Afirma Thin.
- Quando o perigo chama não se deve dá atenção, você correu direto para a boca do lobo. – Rir. – Esses jovens de hoje sempre curiosos.
- O senhor pode nos levar de volta? – Pergunta Chan.
- Até posso, mas primeiro precisam saber o porquê de logo os dois terem parado aqui.
- É óbvio. Caímos, ficamos desacordados e quando acordamos viemos à procura de comida. – Fala Chan ironicamente.
- Irônico, charmoso, alguém que chama atenção por onde passa, mas também é corajoso, paciente e leal. Qual o seu nome, rapaz?
- Chan, Channarong.
- Channarong, seu nome significa Guerreiro Experiente, mas para ser um, precisa de mais humildade. – Olha para Thin. – Você é calmo, cabeça levemente quente, chama atenção pela sua bondade, tem força, coragem e espírito. Qual seu nome, rapaz?
- Thinnakorn, mais pode me chamar de Thin. Afinal, por que está dizendo essas coisas da gente?
- Seu nome significa sol, que interessante. Bem estou dizendo essas coisas para tentar entender o porquê que estão aqui e o porquê estão comendo as minhas frutas.
- Desculpe!
- Vocês conhecem a lenda do guerreiro do sol, que ganhou o elefante de jade?
- Sim, um senhor nos disse, acho que foi o Praique você citou. – Responde Chan.
- Pois bem, hoje essa lenda faz 100 anos, a idade que o guerreiro prometeu voltar e encontrar o elefante, para assim libertar as almas aprisionadas aqui.
- Por que está nos contando isso? – Pergunta Thin.
- Se separados são apenas pessoas normais, que pelo visto, aliás, pelos seus olhos, tem um passado cheio de amor e intrigas, mas juntos são imbatíveis, digamos que formam o guerreiro do sol, se for levar seus nomes realmente a sério.
- O senhor realmente deve ter fumado a erva proibida. Fala Chan rindo. – A única coisa que a gente quer é voltar para o acampamento, o senhor pode nos levar até lá?
- Poder eu até posso, mas precisam resolver suas diferenças, afinal estudam na mesma universidade.
- Que tanta filosofia é essa? A gente é colega de universidade e já é o suficiente, a gente não se gosta e também não tem para que gostar, agora já que esclareci as coisas, poderia nos levar de volta?
- Posso, mas se não cumprirem seu destino, algo ruim vai acontecer.
- Nosso destino? – Pergunta Thin.
- Ter ouvido as vozes e caído não foi um acaso, seu amigo diz que não se importa com você mas correu para te levar de volta ao quarto...
- O que disse? – Pergunta Chan espantado.
- Algo me diz que você gosta de Thin e ele de você, caso contrário, não teriam ficados juntos todo esse tempo. Vejamos se adivinho e vocês se lembram, Thin saiu no meio da noite, e você viu,ficou preocupado e foi atrás dele, nessa manhã ele viu você jogado e seu coração bateu a mil e correu para saber se estava vivo, em seguida cruzam meu caminho... Acho que é muita coincidência para duas pessoas que dizem se odiar. E se eu contasse que o ódio é o amor desfaçado, acreditariam em mim?
- Que conversa de louco, quero voltar para o acampamento, só isso, não quero mais nada, só retornar ao acampamento.
- Então, temos um acordo, vocês me ajudam e eu ajudo vocês, no final os levo de volta.
- Nós não temos escolha, Chan. – Olha para ele que dá sua decisão com a cabeça. – Vamos te ajudar, mas antes pode nos dar um café da manhã dessente?
- Claro, me sigam!
A jornada começa aqui, de volta ao acampamento.
- Eles saíram à noite. – Afirma o professor voltando da sala da diretoria.
- O quê? – Fala Wut. – Eles não ouviram o aviso do velho sábio não? Não pode sair a meia noite. Eles são burros ou se fazem?
- O responsável disse que Thin saiu primeiro e Chan foi atrás dele, logo em seguida, depois disso ele foi para casa, achou que ambos eram namorados e só queriam olhar a vista do lugar.
- Posso surtar agora? – Fala Pen.
- Ainda não, abaixo tem o rio cristalino, se eles se perderam, talvez, isso é um talvez eles possam ir para lá procurar ajuda, também tem alguns moradores por lá...
- Então, vamos para o rio, estamos esperando o quê? – Afirma Bup.
- Não é tão fácil assim, a chuva danificou o caminho, tem muita lama e o caminho tem muita pedra, fica perigoso para ir de carro e mais perigoso ainda para ir a pé, vai que tenha algum bicho no caminho?
- E o que vamos fazer? – Pergunta Wut.
- Bem... Aguarda, já foi dito aos moradores de lá que dois estudantes se perderam, se eles aparecerem por lá eles irão nos avisar.
- Mas a gente não pode ficar sem fazer nada. – Afirma Kanya.
- Então, se separem, vejam aos arredores daqui, mas não vão longe, verei se consigo alguns oquitoques para mantermos comunicação, mas por hora é só isso que eu posso fazer.
- Melhor que nada... – Afirma Kanya. – Podemos ir em dublas, eu e a Bup, Wut e Pen.
- Por que eu e ele? – Pergunta Pen.
- Irmã e quase irmão, vocês devem ser os mais preocupados, então seria uma boa ficarem no mesmo grupo.
Dublas feitas, se separam, cada um foi para um lado. Enquanto isso no caminho da vila onde os meninos.
- O senhor pode nos dizer seu nome? – Pergunta Thin.
- Não a necessidade de saber o meu nome, mas pode me chamar de Lua.
- Então, tá.
Chega a vila.
- Nossa achei que era algo bem antigo... – Afirma Chan.
- Vemos no seu tempo, pessoa como vocês veem aqui o tempo todo, mas respeitamos as tradições deixadas pelos antigos...
- Por que não levou a gente logo de volta? – Pergunta Thin.
- Porque preciso da ajuda de vocês.
- Ok, então vamos logo com isso, que quero ir embora.
- Você finge bem que não se preocupa, mas sei que se preocupa até demais, sua mente diz que isso é besteira, mas no seu coração a história é outra.
De volta ao acampamento.
- Você conhece o Thin a muito tempo? – Pergunta Pen puxando assunto, já que fazia alguns meses que os dois não davam uma palavra.
- Desde a escola, ele sempre foi meu amigo desde do primeiro dia.
- Então, sabe o real motivo dele e meu irmão brigarem?
- Na verdade não, Thin nunca me contou, aliás, mencionou, mas disse que em história de coração ferido não se deve pensar demais, ou algo assim...
- Coração ferido? Será que eles tiveram um caso?
- Não sei te responder, mas acho que mais cedo ou mais tarde iremos saber o que aconteceu. Acho que depois dessa os segredos de ambos serão revelados.
- Isso aparece àquelas novelas de amor entre meninos com uma pitada de misticismo. – Rir.
- Se for, temos que descobrir o casal secundário e quem é o vilão.
- Acho que o vilão dessa vez é o passado.
TE VEJO NO PRÓXIMO CAPÍTULO!
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