ATENÇÃO:
O ELEFANTE DE JADE - TERCEIRO CAPÍTULO
CRIADO E ESCRITO POR LUIZ GABRIEL LUCENA
DIREITOS RESERVADOS A LUIZ GABRIEL LUCENA
WEB-SÉRIE ESCRITA EM DEZ CAPÍTULOS
DISPONÍVEL POR 45 DIAS
NÃO INDICADA PARA MENORES DE 10 ANOS
Terceiro Capítulo: A Revelação da História
A chuva da noite passada retorna e a turma teve que retornar ao acampamento, enquanto isso na vila Thin e Chan não paravam de trocar desavenças, parecem duas crianças de terceira série, mas Lua os contou uma história intrigante, já que estava chovendo não teria como eles saírem para procurar a relíquia, o que é ruim já que o tempo está passando.
- Calem os dois, vocês brigam como um casal recém-casado na escolha de um móvel para sua casa. – Respira fundo.
- Comparação preocupante. – Afirma Chan.
- Então, já que estão aqui para me ajudar, ajudem, e não me deem dor de cabeça, por falar nisso, mandei uma mensagem para seu professor, mais tarde poderão falar com eles, assim ninguém fica preocupado. Então... - Bebe um gole de água. – A muito tempo houve uma guerra, mas não por ouro ou poder e sim por terra, quem guerrilhava era extremamente forte, mas por ironia do destino dois jovens se apaixonaram, então, com todos sabendo disso, pois não foram capazes de esconder o seu amor, a guerra de terras se transformou em uma guerra de poder, para assim expulsar a família dos amantes, quem estava não iria sair e quem queria está também não iria desistir, foi aí que em volta a uma fogueira, uma prece foi feita, e o presente dado, o elefante de jade, um símbolo poderoso na nossa cultura, que tinha poderes mais do que ambos os lados, então foi usado para acabar com a guerra, mas teve um preço, os dois amantes tiveram que dara sua vida por isso.
- Mas por que brigarem por duas pessoas? – Pergunta Thin.
- Um era filho do chefe e o outro também, no começo ambos brigavam, saíam nos socos e chutes, mas acabaram se apaixonando. Muitas vidas foram perdidas, vidas essas que foram de boas inocentes, que infelizmente só poderão descansar em paz quando o elefante for achado, então ficam vagando, pedindo ajuda, o que teve a coragem de procurar, ou se perdeu e sofreu um acidente e acabou morrendo.
- Por que tem que encontrar o elefante hoje? – Pergunta Chan.
- Bem, o aniversário na realidade é amanhã, mas as almas ficaram nervosas, ou seja, tudo pode acontecer, não só com a vila, mas também no acampamento com seus amigos.
No acampamento.
- Eles estão bem, o Lua me disse que chegaram apenas com alguns arranhões, mas estão bem. – Afirma o professor.
- É igual o meme: Morreu mas passa bem. Eles vêm que horas? – Pergunta Wut.
- A estrada ainda está sendo concertada, assim que estiver pronto irei buscá-los de carro.
O oktoque chama.
- Professor!
- Oi, lua!
- Os meninos estão aqui! – Fala o aparelho para eles falarem.
- Oi, gente. – Fala Chan.
- Oi, irmão. Como você está? – Pergunta Pen.
- Eu e o cabeça de vento estamos ótimos, sendo falta da tecnologia, mas estamos bem.
- Cabeça de vento...depois morre e não oporquê! Precisamos da ajuda de vocês. – Afirma Thin.
- Do que precisa? – Pergunta Wut.
- Preciso que procurem mais sobre a lenda do elefante de jade, a gente já sabe ela completa, mas precisamos de mais informações, como por exemplopontos de referências do mapa geográfico do passado, quem eram as famílias que brigavam, etc.
- Porque querem esses dados? – Pergunta o professor.
- Eu e o Thin prometemos achar o elefante...
- Juntos? – Pergunta Kenya espantada.
- Para você ver como o destino gosta de pregar peças, agora assim, vocês têm que correr com essas informações. A meia noite pode ocorrer eventos sobrenaturais, e manhã ser pior, então fiquem dentro dos quartos.
- Thin e Chan, tenham cuidado! – Afirma o professor.
- No próximo acampamento escolha um lugar menos assombrado, por favor!
- Gente, temos que ir. Lua vai nos levar a uma caverna, algo parecido, para vermos alguns desenhos e tentar obter pistas. Quando voltarmos falamos com vocês. – Afirma Chan desligando.
- Vamos! Temos trabalho a fazer. – Afirma Wut.
Ao desligar os jovens foram a tal caverna, no caminho foram calados até que Chan fala.
- Por que me odeia tanto?
- Sério que está perguntando isso agora?
- Se eu morrer eu não quero ir para a outra vida lhe devendo alguma coisa.
- Você não saber já mostra que já está devendo algo.
- Então me lembre, o que eu fiz para me odiar.
- Me tirou algo e não devolveu.
- O quê?
- Lembra na escola, que éramos amigos, até começar a ir nos banheiros, descobrir quem era, ou melhor do que gostava? Teve um dia que me chamou e eu até que fui, achei que era meu dia, que tinha entendido meus sinais, mas foi apenas para eu ficar de vigia. Sabia que eu ouvi todo o ato? No dia seguinte, saiu a história do banheiro e você simplesmente me culpou sem mais nem menos, sem pensar duas vezes.
- É por causa disso que me doida?
- Não é isso. É por ter dito que era meu amigo por pena, que eu era apenas um coitado semamor,eu tinha amor, mas resolvi dá-lo a vocês e foi isso que me roubou. Aí conheci o Wut e fiz amizade e me transformei em outra pessoa.
- Eu...
- Não precisa dizer nada, apenas, vamos acabar com isso para irmos embora e fingir que nada disso aconteceu.
- Vocês ainda não entenderam. Né? Mas, vão! Chegamos. – Afirma Lua.
O lugar é enorme, na parede contava a mesma história que lua havia contado, mas com um detalhe não antes mencionado, os dois amantes eram homens, os filhos mais velhos, o que fazia entender mais ainda a briga, era como se fosse uma traição, e hoje as pessoas gays sofrem com preconceito, imagina há cem anos atrás, era um crime, algo que não poderia conter de forma alguma.
Ao olharem os desenhos viram uma frase a baixo do elefante, que diz: “Dois como um, um como dois” mais a frente diz: “As duas partes de um libertam o elefante sagrado”. Eles a princípio ficaram pensando e em seguida voltaram a vila.
- Então, o que acharam? – Pergunta Chan pelo comunicador.
- Bem... No começo da estrada vindo para cá era o acampamento da vila inimiga, essa aí permaneceu no mesmo lugar, ou seja, norte e sul. – Afirma Pen.
- Lados opostos já entendemos, mas tem algum elo entre elas. Algo em comum? – Pergunta Thin.
- Tem a cachoeira, mas não é um lugar muito acessível, tem muita pedra e pode ter animais venenosos. – Afirma Wut. – Ela fica exatamente no meio, é o único ponto de encontro.
- Também achamos que somente o guerreiro do sol pode pegar a relíquia, caso contrário, o mau será libertado. – Afirma Bup.
- A gente achou duas frases na caverna elas diziam: “Dois como um, um como dois” mais a frente diz: “As duas partes de um libertam o elefante sagrado”.- Afirma Thin. – Professor, Lua disse que eram um casal de amantes será que se refere aos dois?
- Nesse caso faria mais lógica os dois serem o guerreiro do sol e não apenas um. Toda lenda que eu ouvi menciona só um guerreiro.
- A não ser que os dois formem o guerreiro. – Afirma Kenya. – A frase achada faria sentido, um seria o guerreio e o outro o sol, juntos como um, guerreiro do sol. Chega a ser romântico.
- Você assiste muita besteira. – Afirma Wut.
- Pensa direito, se eram amantes, um lutava pelo o outro, era a penas coisa de um ser o sol do outro, só faziam sentido quando estavam juntos.
- Tenho que concordar, faz sentido. – Afirma Bup. – Então, seguindo essa lógica o guerreiro do sol é a junção de dois.
- Por isso disse o significado dos nossos nomes, não foi, Lua? – Fala Chan lembrando do primeiro contando que teve com Lua.
- Como assim? – Pergunta Pen.
- Meu nome significa Guerreiro Experiente e o Thin significa Sol.
- Ficaria guerreiro experiente do sol, ou seja, a mesma coisa. Que bonitinho e trágico, a vida de monte de gente está nas mãos de vocês e ambos nem mesmo se gostam.
- Se essa especulação estiver correta, vocês têm que encontrar o Elefante de Jade, mas terão que encontrá-lo como um e não como dois. – Afirma Wut.
- Lua, por que não nos disse? – Pergunta Thin.
- Eu venho dizendo desde que encontraram minha plantação de frutas, vocês que tiveram o raciocínio lento.
- Meninos, precisam fazer as pazes com o passado se não estamos todos ferrados. – Afirma o professor.
Continua...
TE VEJO NO PRÓXIMO CAPÍTULO!
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